mas o
tempo já lhe havia passado.
seu rosto,
um mapa antigo, refolhos;
seus
olhos, o quão podiam, luz ensombrada;
suas
mãos, cronologia de léguas.
domingo,
estava
só no beiral sentindo refluências,
e o
mundo, tarefa indomável, lhe doía
como
uma chaga sempre aberta e disposta.
á sua
frente, ao chão, sem acídia, a natureza
de
infatigáveis margaridas, suas vozes brancas.
consigo
e contrito, embora leve,
descosturava
ali as palavras desmesuradas
estômago
adentro.
era homem
e era só, assim de se considerar somenos.
│Autor: Webston Moura│
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NOTA:
1.Os versos em negrito e itálico constam de meu poema "Beiral" (Encontros Imprecisos: insinuações poéticas; Imprece, 2006)
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