City - Olga Rosanova |
Ainda
guarda lugares calmos,
secretos
jardins de moças em flor?
Ou tudo
de si que é secreto
tornou-se
também clandestino?
Passamos
por aí,
eu e
outros transeuntes,
escapando
do trânsito
e, se
possível, da violência,
e só
nos olhamos de soslaio,
como
credor e devedor
ou como
o cão raivoso olha para outrem.
Acima
de tudo, sentimos medo.
E
alguma coisa ainda amamos
ou,
pelo menos, damos por falta,
saudade
que não resolve,
que
apenas ilude um pouco.
A
cidade nos exilou de nossa humanidade.
│Autor:
Webston Moura│
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