sábado, 21 de março de 2020

ESTAÇÃO VIDA




As ruas vazias.
Novamente, pode-se ouvir o vento
e a naturalidade de tudo o mais
que foi exilado pela nossa ruidosa presença.

Das janelas, uma alegria misturada com uma tristeza
e uma espancada esperança que se tenta segurar às mãos.

Diz-se que amanhã é (será) outro dia,
mas sabe-se que ainda há uma dor a ser percorrida.

É irônico que estejamos nisso tão juntos,
mas não possamos sequer apertar as mãos uns dos outros.

Entrincheirados, tentamos nos proteger do inimigo,
esta coisa invisível, silenciosa e disciplinada.



│Autor: Webston Moura│

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