São
muitos meses sem chuva,
demoras
que quase não se findam.
Neste
tempo, como o boi e o tamarineiro,
aguentar
a existência e, se der, vivê-la.
Saiba,
velho, que há tardes incômodas
a dar
mais que aquilo que pedimos!
Estão, dia
a dia, a nos cozinhar.
E,
desta enormidade vazia de molhados,
é que
te envio a poeira de um sobrevivente,
busca e
remessa de amizade e lembranças.
Todavia,
não tome por isto queixa!
Bicho
nascido e crescido, sou daqui, sou aqui.
Ontem,
à noite, fiquei sob o tamarineiro e dormi.
Eram
águas tão suaves, as que me fizeram sonho.
Assim
é, diz-se que é reinventar-se.
O
tamarineiro que o diga.
E o
boi, também.
Como diz o povo, se você tiver paciência...
│Autor:
Webston Moura│
Brilhante! Abraços.
ResponderExcluirGrato, Pedro! Abraços!
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