Muito é
temor.
Quase tudo
é temor.
Sente-se.
Mas mais, investe-se.
E mais ainda, reinventa-se.
Tudo o que
se possa
e que
se queira
(ou não
se queira),
por alguma
razão
ou por
todas,
assentadas
as imagens na cabeça,
temor.
Para-se
diante do espelho.
Ouve-se
um barulho na porta dos fundos.
Pensa-se
ser o famigerado fulano dito no rádio.
Não é.
São os gatos.
Mas, agora
é tarde: temor.
A água,
o ônibus,
o remédio,
o
vizinho,
o
carteiro,
o
açougueiro,
o
governo,
todos
juntos na conspiração.
(Ninguém
está vendo isso?!
É a
nova ordem mundial, porra!!!).
Temor.
- Vamos
beber?
- Não! Faz mal!
│Autor: Webston Moura │
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Webston Moura, administrador deste blog, é Tecnólogo de Frutos Tropicais, poeta e cronista. Natural do Ceará, Brasil, mora no município de Russas, na região do Vale do Jaguaribe. Aprendiz de Teosofia, segue a Loja Independente de Teosofistas - LIT. Tem apreço por silêncio, música, artes plásticas, bichos e plantas. É também administrador dos blogs O Caderno Livre e Só Um Transeunte.
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