Fomos
buscar um não-sei-quê no mato, atrás da casa.
Já
era noite, cedo ainda, mas noite,
o
que, para crianças que éramos, irmãos pequenos,
havia
de ter algum mistério.
Nosso
pai nos levou, meio que subitamente,
como
alguém que sabe, por experiência,
que
crianças assuntam uma qualquer aventura,
ainda
mais se é pela mão do pai,
num
tempo onde pai era tudo.
Nada
vimos, além da noite,
a
escuridão, ela mesma o mistério:
paisagem
ora parda, ora cinza;
pássaros
no esconso, grilos e estrelas.
Concluímos,
por uma razão de criança,
de
o inusitado ter sido o pai
e
seus comandos a nós,
uma
fila indiana seguindo uma trilha,
acreditando
desbravar algum eldorado
ou
expulsar seres imaginados só por nossos extremos.
Fizemos,
contra a rotina,
nossa
pequena história de um pedaço de noite
que se vai perdido, exceto por este relato.
│Autor:
Webston Moura│
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