[Enquanto escuto o lindo
Bright Size Life (1976),
de Pat Metheny,
especialmente a faixa “Sirabhorn”]
...............
Ao
alto, o som da água caindo,
como se
relógio fosse,
a caixa
d’água no escuro,
madrugada
úmida.
Vai
chover.
Há
calor espalhado, abafamento,
densidade
crescente no ar.
Porém,
estou protegido.
Decifro,
a partir de uma antiga arte,
uma figura
em vermelho, O Fantasma,
sua
companheira, Diana Palmer,
e seu
cão, Capeto.
Quadro a
quadro, uma estória,
um lugar
distante,
males
que precisam de combate,
os
ardis e, por fim, o desfecho.
Fantasia.
Perco o
tempo, dizem,
pois, com
esses passatempos de demoras tolas,
não
estou a erguer os dias onde todos se congregam.
Mas,
pergunto
eu aos homens-força
se já ouviram
os tambores de Bengala na floresta.
Ouviram?
E, de
pé,
com os
olhos fechados,
nus em
seus quartos,
girando
leve,
souberam-se
vivos,
assim
vivos desprovidos de disfarces?
│Autor: Webston Moura│
Fonte
da imagem: Google Imagens
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