De mãos
vazias,
como uma
criança em primeiros passos,
para receber
o susto que os trovões dão,
a
surpresa dos ciclos naturais,
a
paciência eficaz das lagartas sobre o milho.
De mãos
vazias,
como uma
criança domingando o tempo inteiro,
para
viver ─ adultos dizem descobrir ─ e nada mais.
De mãos
vazias:
assim,
teus olhos me chegarão
e eu
não terei analgésicos contra,
nem customizarei
qualquer cor erguida espontânea.
│Autor:
Webston Moura│
Fonte da imagem: Google Imagens
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