quarta-feira, 11 de julho de 2018

ENQUANTO O ORVALHO ME TOMA



Arredio a más notícias,
carrego uma esperança quieta.
Não a quero em alardes,
mas como roupa ao corpo.
Tenho serena alegria
sob uma dor apaziguada,
mãos mais suaves e ternas
e um olhar mais demorado.

Mas, ainda que melhor,
gostaria de uma casa
mais para dentro do mato,
onde pudesse esquecer
de toda essa demasia,
excesso de tudo-tudo,
páginas que o fogo devora
nesta pressa de desvios
que me degredam de mim.


│Autor: Webston Moura│

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