Éramos
amigos, éramos crianças.
Ainda
não existiam os interesses,
essas coisas
de homens adultos,
todas essas
importâncias
com que
lutamos
(uns
com os outros)
até a
morte.
Éramos
crianças na praça,
sem
horas terrivelmente marcadas,
sem
levar às mãos às partes sofridas do corpo,
sem
outros medos que não os do pai.
Nós nos
entendíamos,
tu e
eu,
mesmo
nas discórdias,
que até
essas eram nobres.
Nós nos
entendíamos,
tu e
eu,
com o
rosto sujo,
o riso
fácil
e
cajaranas roubadas de outro quintal.
│Autor:
Webston Moura│
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