Gosto do que vejo
só porque é bonito,
ao menos a meus olhos.
Pode ser nada,
como todas estas coisas
que se tem por corriqueiras.
O pão no silêncio da mesa,
a xícara repousada no armário,
a sandália a um canto do quarto.
Gosto de ver o que sobra
depois de todo o barulho,
aquilo que se aquieta
em minha possível paz.
Gosto de ver,
num filme,
a poeira e o sol,
o que se escolhe dizer
ou, então, só se insinua.
Gosto de ver uma lágrima,
um sorriso, a moça à porta,
a frase inconcluída,
beijo, janela, estrada.
Imagine um catavento
em hora e meia da tarde,
com um milharal dançando
no fundo da tempestade!
|Autor: Webston Moura|
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Webston Moura, administrador deste blog, é Tecnólogo de Frutos Tropicais, poeta e cronista. Natural do Ceará, Brasil, mora no município de Russas, na região do Vale do Jaguaribe. Aprendiz de Teosofia, segue a Loja Independente de Teosofistas - LIT. Tem apreço por silêncio, música, artes plásticas, bichos e plantas. É também administrador dos blogs O Caderno Livre e Só Um Transeunte.
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