Em tempo algum,
rastro que o seja,
vírgula que se diga,
suspiro pálido,
nada.
Em qualquer dimensão
- passado, agora, depois -,
sombra de lágrima
ou asa de inseto
que se veja,
nada.
Nunca!
E o muro é só isto,
o silêncio de pedra,
dizendo-se repetidamente,
negando a sede que a garganta grita,
torcendo a mão de volta
à sua intenção,
proibindo,
sem fim.
|Autor: Webston Moura|
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Webston Moura, administrador deste blog, é Tecnólogo de Frutos Tropicais, poeta e cronista. Natural do Ceará, Brasil, mora no município de Russas, na região do Vale do Jaguaribe. Aprendiz de Teosofia, segue a Loja Independente de Teosofistas - LIT. Tem apreço por silêncio, música, artes plásticas, bichos e plantas. É também administrador dos blogs O Caderno Livre e Só Um Transeunte.
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