Às vezes, o silêncio
pesa.
Denso como tudo
que não desiste,
pesa.
O lodo,
a ira,
a água empoçada,
o cisco no olho,
a equação,
cada coisa que se pode pensar,
para dizê-lo,
cavalo de fogo riscando o ar,
náusea.
Às vezes, o silêncio é de não.
Negação vinda lá de dentro,
punho segurando o calor,
pressão.
Às vezes, precisamos dizer.
Mas não vem,
não vem,
não vem,
não....
|Autor: Webston Moura|
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Webston Moura, administrador deste blog, é Tecnólogo de Frutos Tropicais, poeta e cronista. Natural do Ceará, Brasil, mora no município de Russas, na região do Vale do Jaguaribe. Aprendiz de Teosofia, segue a Loja Independente de Teosofistas - LIT. Tem apreço por silêncio, música, artes plásticas, bichos e plantas. É também administrador dos blogs O Caderno Livre e Só Um Transeunte.
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