Ninguém.
Nada.
Só o vento forte
e a porta batendo.
É doce o milharal,
fundo de tudo,
depois da casa.
A cadeira de balanço,
velha arte enegrecida
pela chuva e pelo sol,
resiste.
Nenhuma comida
na cozinha ou na dispensa.
Ratos e pássaros a dividiram
com insetos.
O galo canta,
mas não está.
A sinhazinha não trará leite.
Nem a criança me sorrirá.
Dizem que a lua chora,
ao se pôr em brilho
sobre tanta desaparição.
|Autor: Webston Moura|
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Webston Moura, administrador deste blog, é Tecnólogo de Frutos Tropicais, poeta e cronista. Natural do Ceará, Brasil, mora no município de Russas, na região do Vale do Jaguaribe. Aprendiz de Teosofia, segue a Loja Independente de Teosofistas - LIT. Tem apreço por silêncio, música, artes plásticas, bichos e plantas. É também administrador dos blogs O Caderno Livre e Só Um Transeunte.
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