sábado, 28 de setembro de 2024

Nós e a Política





Muito se gasta nas campanhas eleitorais. Mas, a bem da verdade, o meio político é, o tempo inteiro, uma orgia de dinheiro pra lá e pra cá. Orgia que alegra, enlouquecidamente, aos participantes, comumente homens.

O que geralmente dizem, sobre se importarem com as pessoas, isso é apenas o jogo de cena que a política oficial requer. É uma farsa, um teatro. E todos sabemos disso há tempos. E também sabemos que, em qualquer época, o poder tem disso: uma luta rica, cheia de recursos materiais e ambição desmedida, aonde egos se digladiam, para ver quem vence. A realidade que se dane.

Ah, mas há os que desejam o bem, de fato, que são altruístas. Sim, eles existem. Porém, ainda que desejem fazer o correto e bom, ainda que consigam, isso pouco significa diante do resto, já que é próprio do poder a "inevitável" sujeira. Aí vêm as Pollyanas e dizem que devemos participar, para que consigamos mudar as coisas. Todavia, até as Pollyanas acabam se corrompendo. A pressão é grande e a carne é fraca.

O que muito fazemos, é, de certo modo, aguentar, fingir, escolher o menos ruim, apostar num resto de esperança que, fracamente, permeia a sem-vergonhice geral da vida política, afinal, é também verdade que não dá para implodir tudo e começar, de novo, do zero, com seres humanos os melhores possíveis. De uma hora para outra, nada muda.

Boa parte da sociedade, creio, não é diferente dos políticos profissionais. Se não faz o mesmo, é só porque lhe falta a oportunidade. E sobre isso, temos também que aguentar, temos que deslizar no meio da "loucura" que habita certos indivíduos e seus grupos. Senão pagamos caro por nossas sinceras opiniões. Veja só que contradição: a sinceridade, que deveria ser buscada e vivida com algo necessário e saudável, é combatida como um mal.

Imagine se não fosse assim! Imagine que pudéssemos mesmo realizar o ideal melhor de uma sociedade, com prosperidade, paz, justiça e bem! Talvez, um dia, venha lá do fundo de todos esses anseios uma possibilidade real, exequível, de uma política à altura do que é realmente bom. E assim, neste tempo agora imaginado, tempo futuro, surgirá um outro ser humano, desapegado e solidário, capaz de ocupar um cargo público e compreender inteiramente a ideia de serviço.


|Autor: Webston Moura|

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Webston Moura
, administrador deste blog, é Tecnólogo de Frutos Tropicais, poeta e cronista. Natural do Ceará, Brasil, mora no município de Russas, na região do Vale do Jaguaribe. Aprendiz de Teosofia, segue a Loja Independente de Teosofistas - LIT. Tem apreço por silêncio, música, artes plásticas, bichos e plantas. É também administrador dos blogs O Caderno Livre e Só Um Transeunte.
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