Os jovens têm uma vida longa pela frente. Até descobrirem que a vida não é longa, que longa - larga e arrojada - é a esperança que se têm no vigor da idade. E o mais, o depois, é um mistério que só se sabe vivendo mesmo.
Acho que todo ex-jovem carrega certa melancolia. A juventude tem seus "azares", mas é um momento aonde tudo parece que vai dar certo. De alguma maneira, mais vai.
Gosto, entretanto, de pensar que nossas fases são dobras internas do nosso ser. Como num caderno, onde as páginas vão sendo escritas e ficando guardadas em nós, como camadas. Assim, não podemos mais ser jovens ou crianças, exatamente falando. Todavia, podemos acessar a criança e o jovem que, um dia, fomos. E podemos ainda torná-los vida ativa em nós.
O que o avançar da idade traz? Bem, além de dores no corpo, traz sabedoria. E isso será ainda mais certo, caso haja disposição de nossa parte em buscar melhoria interna, mental e espiritual, uma evolução consciente.
De todo modo, passar da juventude e seguir é o processo natural da vida, e carecemos ter acolhida para com aquilo que, naturalmente, há de acontecer, ainda que incômodo.
Concluo, então, lembrando de uma música que a Adriana Calcanhotto canta, chamada "Velhos e Jovens". Coloco "aqui" um link para a letra e o vídeo/áudio dela. É bonita!
Ah, o título "Parece Que Foi Ontem" é algo que você, jovem, ainda vai dizer! Porém, não tenha pressa! Aproveite!
|Autor: Webston Moura|
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Webston Moura, administrador deste blog, é Tecnólogo de Frutos Tropicais, poeta e cronista. Natural do Ceará, Brasil, mora no município de Russas, na região do Vale do Jaguaribe. Aprendiz de Teosofia, segue a Loja Independente de Teosofistas - LIT. Tem apreço por silêncio, música, artes plásticas, bichos e plantas. É também administrador dos blogs O Caderno Livre e Só Um Transeunte.
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