Vai-se
o sol forte; a tarde é áspera.
Na lagoa
suja de progresso urbano
o homem
simples pesca os peixes impróprios.
Sorri
ao aceno, é simples sua índole.
Ali já
está desde velhos tempos
quando havia
água que se punha pura.
Resta-lhe,
agora, como sorte última,
ir-se com
a lagoa ao cabo das forças,
esquina
final donde não se volta.
Por
ora, se apega à pesca de agora,
neste dia
pleno de rotina e fome.
│Autor:
Webston Moura│
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