quinta-feira, 7 de setembro de 2023

O Poeta do Castelo - Manuel Bandeira





"Versos de Manuel Bandeira, lidos pelo poeta, acompanham e transfiguram os gestos banais de sua rotina em seu pequeno apartamento no centro do Rio; a modéstia do seu lar, a solidão, o encontro provocado por um telefonema, o passeio matinal pelas ruas de seu bairro.


Sinopse

"Há seis anos atrás, cercado de refletores, cabos, trilhos e uma equipe de filmagem que se mexia nervosamente em seu pequeno apartamento, Manuel Bandeira descobriu que era um bom ator”, escreveu Joaquim Pedro de Andrade para o Suplemento Literário do Diário de Notícias, em 17 de abril de 1966. O diretor filma o padrinho e amigo Manuel Bandeira em seu cotidiano. Lidos pelo poeta, seus versos acompanham e ressignificam os gestos banais de sua rotina no pequeno apartamento em que vivia no centro do Rio. No mesmo texto, o diretor diz ainda: “Se eu pudesse hoje fazer outro filme sobre Manuel Bandeira, não lhe pediria, como fiz antes, para que representasse o seu personagem diante da câmera como se ela não existisse. A técnica do cinema direto, desenvolvida recentemente, pôs bem a descoberto o artificialismo desse processo usado nos documentários posados tradicionais. Mesmo assim e ainda agora, acho que os dados da composição do filme, talvez por serem tão aparentes e declarados, funcionam como a proposição de um jogo, como na obra de ficção, e armam um processo eficiente para apreender e transmitir uma impressão verdadeira, ou pelo menos sincera, sobre o poeta filmado.” Versão em cores do documentário "O poeta do castelo" (1959) de Joaquim Pedro de Andrade com Manuel Bandeira APOIO Revista Voz da Literatura





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Webston Moura
, administrador deste blog, é Tecnólogo de Frutos Tropicais, poeta e cronista. Natural do Ceará, Brasil, mora no município de Russas, na região do Vale do Jaguaribe. Aprendiz de Teosofia, segue a Loja Independente de Teosofistas - LIT. Tem apreço por silêncio, música, artes plásticas, bichos e plantas. É também administrador dos blogs O Caderno Livre e Só Um Transeunte.
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ÁUDIO DA BBC NEWS BRASIL SOBRE LEITURA PROFUNDA





"Esse tipo de leitura estimula pensamento crítico e capacidade de análise, mas vem sofrendo cada vez mais a concorrência das plataformas digitais.

Ouça áudio de reportagem da BBC News Mundo.


O BBC Lê foi lançado como podcast que você pode ouvir ou baixar no Apple Podcasts (https://podcasts.apple.com/br/podcast...) e no Spotify (https://open.spotify.com/show/54YV8Rd...)

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Webston Moura
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COMO CRIAR O HÁBITO DA LEITURA





De modo simples e agradável, o professor Leandro Karnal comenta sobre a formação do hábito da leitura, com dicas que qualquer pessoa pode tentar.

|Vídeo do Canal Venha Saberhttps://www.youtube.com/watch?v=7ITCSo2QG2E

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Webston Moura
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quarta-feira, 6 de setembro de 2023

Saudade



Le Printemps (1857) - Charles-François Daubigny



É tanto silêncio.
E, ainda assim, não:
em redor, a vida natural
explode, devagar, agora
                  e todo dia.

Inda hoje, anos adiante,
é floresta e rio este lugar.
Será?

A certeza é que a moça, não!
Não está mais aí cuidando da vida.
O céu, o mesmo e outro, azul e nuvem,
testemunhou, pela última vez, seu olhar.

Quando foi?
Alguém sabe?

Outras primaveras chegaram.
E outras e outras. Muitas.
Flores longe daquelas mãos.
Longe, longe, muito longe!



|Autor: Webston Moura|


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terça-feira, 5 de setembro de 2023

O Deserto



Dawn in desert (1852) - Aleksey Savrasov



O deserto é vazio
     do que somos.
Repele nossa rotina,
  exclui nosso signo,
  fala, pelo silêncio,
         outra língua,
   sua e implacável.

O deserto sugere
o desapego,
    a nudez,
a ideia de todos os inícios.

A noite do deserto
       é mais única:
        um pássaro,
se o houver,
a atravessa,
fogo-fantasma
de vida resistente
no limite do limite,
fora do que aprendemos.


|Autor: Webston Moura|



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A ONDA



The Wave (1880) - Albert Bierstad



A onda,
se grande,
estronda.

Sobre a pedra
a forma de espuma
                       e som.

Verde/Azul,
se sol há.
Outra cor,
ou sua falta,
se não.

A onda me leva
e me traz,
me repete o olhar.



|Autor: Webston Moura|



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segunda-feira, 4 de setembro de 2023

DELEITE INFINITO DE BEM EXISTIR



The Ice Birds (1891) - Emile Claus



Num filme,
estranhos de sua natureza,
vi-os, os pássaros de gelo.

Súbito, ei-los
na branca luz
do que é forte,
como se sempre
           pudessem
ali estar,
eterno entusiasmo de ser,
deleite infinito de bem existir.



|Autor: Webston Moura|


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Canção ao Vento



Zonnegloed (1905) - Emílio Claus



Carregar a densidade,
não a tensão desgastante.

Ter a mão para o talhar
e para voar, abrir caminho.

Compor estes exercícios
de liberdade, ainda que frágeis.
E saber de sua necessidade
- contra a ordem cega do mundo.

Levantar-me para o vento,
para a estrela, para a água
que no rio corre, renovando-se,
                         incessantemente.


|Autor: Webston Moura|


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