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quarta-feira, 15 de novembro de 2023

RUMI - Te Direi em Segredo - Roberto Crema e Marcus Viana





"Te direi em Segredo", de Rumi, é mais um vídeo feito sobre os poemas recitados por Roberto Crema e musicado por Marcus Viana.

Além de Rumi, estão também presentes as poesias de Khayam, Kabir, Fernando Pessoa, Confúcio e o próprio Crema neste primeiro volume que acompanha o livro cd, Mensagens do Deserto...

Rumi é considerado um dos maiores poetas místicos de todos os tempos; sua poesia foi traduzida para quase todas as línguas do planeta e está presente no coração de milhões de pessoas...Música composta e executada por Marcus Viana na leitura interpretativa do grande mestre do pensamento holístico brasileiro Roberto Crema.

Website de Roberto Crema: https://robertocrema.com.br/
Website de Marcus Viana: https://marcusviana.com.br/

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Webston Moura
, administrador deste blog, é Tecnólogo de Frutos Tropicais, poeta e cronista. Natural do Ceará, Brasil, mora no município de Russas, na região do Vale do Jaguaribe. Aprendiz de Teosofia, segue a Loja Independente de Teosofistas - LIT. Tem apreço por silêncio, música, artes plásticas, bichos e plantas. É também administrador dos blogs O Caderno Livre e Só Um Transeunte.
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quinta-feira, 7 de setembro de 2023

O Poeta do Castelo - Manuel Bandeira





"Versos de Manuel Bandeira, lidos pelo poeta, acompanham e transfiguram os gestos banais de sua rotina em seu pequeno apartamento no centro do Rio; a modéstia do seu lar, a solidão, o encontro provocado por um telefonema, o passeio matinal pelas ruas de seu bairro.


Sinopse

"Há seis anos atrás, cercado de refletores, cabos, trilhos e uma equipe de filmagem que se mexia nervosamente em seu pequeno apartamento, Manuel Bandeira descobriu que era um bom ator”, escreveu Joaquim Pedro de Andrade para o Suplemento Literário do Diário de Notícias, em 17 de abril de 1966. O diretor filma o padrinho e amigo Manuel Bandeira em seu cotidiano. Lidos pelo poeta, seus versos acompanham e ressignificam os gestos banais de sua rotina no pequeno apartamento em que vivia no centro do Rio. No mesmo texto, o diretor diz ainda: “Se eu pudesse hoje fazer outro filme sobre Manuel Bandeira, não lhe pediria, como fiz antes, para que representasse o seu personagem diante da câmera como se ela não existisse. A técnica do cinema direto, desenvolvida recentemente, pôs bem a descoberto o artificialismo desse processo usado nos documentários posados tradicionais. Mesmo assim e ainda agora, acho que os dados da composição do filme, talvez por serem tão aparentes e declarados, funcionam como a proposição de um jogo, como na obra de ficção, e armam um processo eficiente para apreender e transmitir uma impressão verdadeira, ou pelo menos sincera, sobre o poeta filmado.” Versão em cores do documentário "O poeta do castelo" (1959) de Joaquim Pedro de Andrade com Manuel Bandeira APOIO Revista Voz da Literatura





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Webston Moura
, administrador deste blog, é Tecnólogo de Frutos Tropicais, poeta e cronista. Natural do Ceará, Brasil, mora no município de Russas, na região do Vale do Jaguaribe. Aprendiz de Teosofia, segue a Loja Independente de Teosofistas - LIT. Tem apreço por silêncio, música, artes plásticas, bichos e plantas. É também administrador dos blogs O Caderno Livre e Só Um Transeunte.
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domingo, 13 de agosto de 2023

SINAL VERMELHO







late o cachorro

andorinhas voam no céu nublado
voam também minhas esperanças

venta gostoso
fim de tarde
luzes da noite
cai a neblina
molha o asfalto
engarrafa o trânsito
engarrafam minhas ideias

e te sinto
teu corpo me aquece
acende meus desejos

sinal vermelho

não
não quero vermelho
quero verde

quero vida!

Salvador, 19/12/85


|Autor: Amarildo Gonçalves|

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Outros poemas do autor:


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Imagem: Google Images


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Webston Moura
, administrador deste blog, é Tecnólogo de Frutos Tropicais, poeta e cronista. Natural do Ceará, Brasil, mora no município de Russas, na região do Vale do Jaguaribe. Aprendiz de Teosofia, segue a Loja Independente de Teosofistas - LIT. Tem apreço por silêncio, música, artes plásticas, bichos e plantas. É também administrador dos blogs O Caderno Livre e Só Um Transeunte.
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sábado, 1 de fevereiro de 2020

CENTENÁRIO DE JOÃO CABRAL DE MELO NETO É MARCADO POR DESCOBERTA DE OBRAS INÉDITAS



Foto: Arquivo Nacional/Fundo Correio da Manhã


Do website Brasil de Fato
em 28 de janeiro de 2020


A própria ideia de homenagem ao centenário de João Cabral de Melo Neto pareceria estranha ao escritor ou, pelo menos, à imagem construída em torno da figura de um dos grandes ícones da cultura brasileira. Avesso à fama e ao culto à personalidade, João Cabral dizia que preferia não ser popular e que o fato de não precisar viver da escrita o permitia dar pouca atenção ao assunto.

Nascido no Recife, em 1920, ele publicou seu primeiro livro, Pedra do Sono em 1942. Se mudou para o Rio de Janeiro, aos 22 anos e aos 25 anos ingressou no serviço diplomático. Na época lançou a obra O engenheiro. Ao longo da carreira no Itamaraty, passou por países como Senegal, Portugal, Espanha, Inglaterra e Suíça, mas nunca deixou de escrever.

Em 1950, João Cabral publicou O Cão Sem Plumas, obra que viria a ser considerada a consolidação de um estilo criterioso, objetivo e rigoroso, completamente avesso a inspirações subjetivas, sentimentais e oníricas. Essas características o levaram ainda mais a um caminho de crítica ao culto à individualidade. Em entrevista ao jornalista e escritor Geneton Moraes Neto, o poeta é taxativo quanto a essa postura:

“Não gosto de carta. (…)  Ninguém é tão interessante para falar de si mesmo o tempo todo.”

Não sem motivo, é de Cão sem Plumas que saem alguns dos poemas que hoje inspiram artistas muito conectados a uma linguagem extremamente atual das artes. Em 2017, a coreografa Deborah Colker criou um espetáculo que leva o mesmo nome do livro e de um dos poemas da obra. A banda Cordel do  Fogo Encantado incluiu no disco O Palhaço do Circo sem Futuro versos do poema Os Três Mal Amados, que também está no livro. A declamação visceral do vocalista Lirinha ficou famosa durante a turnê da banda e era gritada em coro pelo público sempre emocionado.

“O amor comeu meu nome, minha identidade,
meu retrato. O amor comeu minha certidão de idade,
minha genealogia, meu endereço. O amor comeu
meus cartões de visita. O amor veio e comeu todos
os papéis onde eu escrevera meu nome.

O amor comeu minhas roupas, meus lenços,
minhas camisas. O amor comeu metros e metros
de gravatas. O amor comeu a medida de meus
ternos, o número de meus sapatos, o tamanho de
meus chapéus. O amor comeu minha altura, meu
peso, a cor de meus olhos e de meus cabelos

(…)

O amor comeu minha paz e minha guerra. Meu dia
e minha noite. Meu inverno e meu verão. Comeu
meu silêncio, minha dor de cabeça, meu medo da
morte.”

O Meu nome é Severino

Se Cão sem Plumas deu início à linguagem que marcou a identidade literária objetiva de João Cabral, foi anos depois, com Morte e Vida Severina (1955), que o autor experimentou sua maior popularidade. Com o subtítulo Auto de Natal Pernambucano, o texto conta a trajetória de um imigrante que foge da seca no sertão e busca a sobrevivência na capital Recife. 

quarta-feira, 29 de janeiro de 2020

"ESTA SOLIDÃO ABERTA QUE TRAGO NO PUNHO" [Resenha)






por: W.J. Solha,
em seu perfil no Facebook,
em 27/08/2019


Acabo de ler um livro MUITO estranho – ESTA SOLIDÃO ABERTA QUE TRAGO NO PUNHO, do cearense Dércio Braúna – Deleatur Editorial, 2019. Na verdade, DOIS livros: AQUI, JUNTO À CASA DA SENHORA DE HERBAIS – narrativa em XLVI partes; e POR ENTRE AS SOMBRAS, PERGUNTAR AINDA PELO MAR – com quinze poemas. O impacto foi tão forte, com o primeiro deles, que vou deixar pra digerir o segundo noutra ocasião. Foi mais ou menos o que me aconteceu quando recebi, quando vivia em Pombal ( entre 63 e 70), um disco da poderosa obra pra órgão - Tocata e Fuga em Ré Menor - , de Bach, tendo - do outro lado - a delicada Chacona – também dele - pra solo de violino. Extasiado pela Tocata, somente fui perceber a maestria da Chacona... muito depois. OK.

Mas como Santo Agostinho ao dizer que se não lhe perguntassem o que era o Tempo, ele sabia do que se tratava, mas se lhe perguntassem – nem pensar, a verdade é que não tenho o instrumental necessário pra ir fundo no primeiro livro. Porque jamais li nada de Mia Couto, nem da “Senhora de Herbais”, nem do Prémio Camões de 2007 - Lobo Antunes, e infelizmente AQUI, JUNTO Á CASA DA SENHORA DE HERBAIS, deriva diretamente, parece-me, de duas pesquisas de Braúna: a que fez em 2011 “sobre questões pós-coloniais a partir da obra do escritor moçambicano Mia Couto”, pra seu mestrado em História Social pela Universidade Federal do Ceará, e a que – doutorando pela mesma UFC – faz agora sobre as relações entre História e Literatura , com foco no pensamento sobre a História na obra de Saramago. A narradora de Braúna é portuguesa e seu pesado sutaq´h é tão carr´gado quant´u u d´ meu avô – Joaquim Solha – sempre muitíssimo pr´sente em minha m´mória. Mas tem mais: como diz o autor nas considerações finais, “sua escrita tem duas imensas forças-moventes”. Sua “alma-fulgor”, a escritora portuguesa Maria Gabriela Llansol (1931-2008), com seu “pacto de inconforto, e pesa, também, uma dívida com o também lusitano Antonio Lobo Antunes, nascido em 42, hoje aos 77 anos, Prémio Camões de 2007, dívida com seu “ modo de fazer dos signos pretextos de superfície, a fim de, através deles, conduzir ao fundo avesso da alma”.

quinta-feira, 9 de janeiro de 2020

CENTENÁRIO DO POETA JOÃO CABRAL DE MELO NETO



http://agenciabrasil.ebc.com.br/


Exatamente hoje, 9 de janeiro de 2020, comemora-se o centenário do poeta pernambucano João Cabral de Melo Neto, autor de significativa obra. Reproduzo abaixo seu perfil disposto no website da Academia Brasileira de Letras – ABL, casa da qual ele fez parte.

João Cabral de Melo Neto nasceu na cidade do Recife, a 6 de janeiro de 1920 e faleceu no dia 9 de outubro de 1999, no Rio de Janeiro, aos 79 anos. Eleito membro da Academia Brasileira de Letras em 15 de agosto de 1968, tomou posse em 6 de maio de 1969. Foi recebido por José Américo.

Filho de Luís Antônio Cabral de Melo e de Carmen Carneiro Leão Cabral de Melo. Parte da infância de João Cabral foi vivida em engenhos da família nos municípios de São Lourenço da Mata e de Moreno. Aos dez anos, com a família de regresso ao Recife, ingressou João Cabral no Colégio de Ponte d’Uchoa, dos Irmãos Maristas, onde permanece até concluir o curso secundário. Em 1938 freqüentou o Café Lafayette, ponto de encontro de intelectuais que residiam no Recife.

Dois anos depois a família transferiu-se para o Rio de Janeiro mas a mudança definitiva só foi realizada em fins de 1942, ano em que publicara o seu primeiro livro de poemas - "Pedra do Sono".

No Rio, depois de ter sido funcionário do DASP, inscreveu-se, em 1945, no concurso para a carreira de diplomata. Daí por diante, já enquadrado no Itamarati, inicia uma larga peregrinação por diversos países, incluindo, até mesmo, a República africana do Senegal. Em 1984 é designado para o posto de cônsul-geral na cidade do Porto (Portugal). Em 1987 volta a residir no Rio de Janeiro.

A atividade literária acompanhou-o durante todos esses anos no exterior e no Brasil, o que lhe valeu ser contemplado com numerosos prêmios, entre os quais - Prêmio José de Anchieta, de poesia, do IV Centenário de São Paulo (1954); Prêmio Olavo Bilac, da Academia Brasileira de Letras (1955); Prêmio de Poesia do Instituto Nacional do Livro; Prêmio Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro; Prêmio Bienal Nestlé, pelo conjunto da Obra e Prêmio da União Brasileira de Escritores, pelo livro "Crime na Calle Relator" (1988).