O deserto é vazio
do que somos.
Repele nossa rotina,
exclui nosso signo,
fala, pelo silêncio,
outra língua,
sua e implacável.
O deserto sugere
o desapego,
a nudez,
a ideia de todos os inícios.
A noite do deserto
é mais única:
se o houver,
a atravessa,
fogo-fantasma
de vida resistente
no limite do limite,
fora do que aprendemos.
|Autor: Webston Moura|
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Webston Moura, administrador deste blog, é Tecnólogo de Frutos Tropicais, poeta e cronista. Natural do Ceará, Brasil, mora no município de Russas, na região do Vale do Jaguaribe. Aprendiz de Teosofia, segue a Loja Independente de Teosofistas - LIT. Tem apreço por silêncio, música, artes plásticas, bichos e plantas. É também administrador dos blogs O Caderno Livre e Só Um Transeunte.
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