terça-feira, 5 de setembro de 2023

A ONDA



The Wave (1880) - Albert Bierstad



A onda,
se grande,
estronda.

Sobre a pedra
a forma de espuma
                       e som.

Verde/Azul,
se sol há.
Outra cor,
ou sua falta,
se não.

A onda me leva
e me traz,
me repete o olhar.



|Autor: Webston Moura|



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Webston Moura
, administrador deste blog, é Tecnólogo de Frutos Tropicais, poeta e cronista. Natural do Ceará, Brasil, mora no município de Russas, na região do Vale do Jaguaribe. Aprendiz de Teosofia, segue a Loja Independente de Teosofistas - LIT. Tem apreço por silêncio, música, artes plásticas, bichos e plantas. É também administrador dos blogs O Caderno Livre e Só Um Transeunte.
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segunda-feira, 4 de setembro de 2023

DELEITE INFINITO DE BEM EXISTIR



The Ice Birds (1891) - Emile Claus



Num filme,
estranhos de sua natureza,
vi-os, os pássaros de gelo.

Súbito, ei-los
na branca luz
do que é forte,
como se sempre
           pudessem
ali estar,
eterno entusiasmo de ser,
deleite infinito de bem existir.



|Autor: Webston Moura|


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Webston Moura
, administrador deste blog, é Tecnólogo de Frutos Tropicais, poeta e cronista. Natural do Ceará, Brasil, mora no município de Russas, na região do Vale do Jaguaribe. Aprendiz de Teosofia, segue a Loja Independente de Teosofistas - LIT. Tem apreço por silêncio, música, artes plásticas, bichos e plantas. É também administrador dos blogs O Caderno Livre e Só Um Transeunte.
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Canção ao Vento



Zonnegloed (1905) - Emílio Claus



Carregar a densidade,
não a tensão desgastante.

Ter a mão para o talhar
e para voar, abrir caminho.

Compor estes exercícios
de liberdade, ainda que frágeis.
E saber de sua necessidade
- contra a ordem cega do mundo.

Levantar-me para o vento,
para a estrela, para a água
que no rio corre, renovando-se,
                         incessantemente.


|Autor: Webston Moura|


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Imaginar Azuis



Albero blu (1980) - Paulo Salvati




Era quinta-feira, uma de outras.
Só isto seria, não fosse dar-me
por imaginar azuis.

Viste os salgueiros?
Vi-os. Pela primeira vez, vi-os!

Todo dia é comum.
Nenhum dia é comum.

Nossos olhos,
se acostumados,
é que deixam de ver.


|Autor: Webston Moura|


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quinta-feira, 31 de agosto de 2023

SONS DE UM CALENDÁRIO PERDIDO



Marroco. Sefrou. The roofs of the city (1932) - Zinaida Serebriakova




Lugar distante
onde não estive,
possível imagem
doutro mundo,
sons de um calendário
                         perdido,
hiato e memória
que invento,
para dizer do
ser de mistério
que nos habita
e sua sede de mais
                         vida,
para além de tudo
o que nos cerca,
no imediato dos dias,
praia de nome outro
ou uma outra sem nome,
lugar longínquo, recuo,
remoto, apartado,
mas vivo
                 no extremo do sonho.



|Autor: Webston Moura|


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segunda-feira, 14 de agosto de 2023

Vinho Branco



Vino Blanco - Javier Mulio



Poucas palavras sabem dizer disto.

A limpeza com que tudo se arruma,
depuradas as intenções,
como um barco no azul,
silencioso e só,
ave singela e céu,
vinho branco.


|Autor: Webston Moura|


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domingo, 13 de agosto de 2023

SINAL VERMELHO







late o cachorro

andorinhas voam no céu nublado
voam também minhas esperanças

venta gostoso
fim de tarde
luzes da noite
cai a neblina
molha o asfalto
engarrafa o trânsito
engarrafam minhas ideias

e te sinto
teu corpo me aquece
acende meus desejos

sinal vermelho

não
não quero vermelho
quero verde

quero vida!

Salvador, 19/12/85


|Autor: Amarildo Gonçalves|

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Imagem: Google Images


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