Da minha janela, mar nenhum.
Imagino,
pois, os azuis que gosto.
E a
areia, leve e branca, me escorre entre os dedos,
sonho vagaroso
de domingos preguiçosos.
Da
minha janela, que janela há?
A que
me pousa onde me invade,
pássaro
branco de nome melódico.
Sonhei um
cais e um horizonte.
Não
havia dor, nem contas, nem urgências.
Deram-me
por louco divagando tolices.
Não
sabem de inventar paisagens ou palavras.
Faço,
assim, como me assenta, dar de ver mar,
mas mais
ainda: nele nadar e me converter.
Vês o
cavalos-marinhos?
São como serenos lírios de luz.
│Poema
da Série “Mar” – Autor: Webston Moura│