Até a
esperança
a gente
espera.
Espera-se
o sol,
espera-se
a lua,
as estrelas,
a rosa
se abrir.
a raiva
sumir,
o ônibus
passar
e o
povo subir.
É muita
espera.
Tem o
médico,
o exame,
o horário
do programa,
o telefone
tocar,
o frio
passar
e o
amor chegar.
Mas, um
dia,
até a
morte
a gente
espera.
Melhor
vir de surpresa,
nada de
espera.
Só
viver
e deixar
tudo
acontecer.
│Autora: Maria Dona │
______________________
Maria
Dona, desde sempre Doninha, nasceu em Pau dos Ferros (RN), em 1945. Foi aluna
interna do Patronato Alfredo Fernandes, na época em que os pais ainda residiam
na zona rural, e fez parte da primeira turma do Ginásio 4 de Setembro e do
Curso Normal de Pau dos Ferros. Depois, estudou Pedagogia na Universidade
Estadual do Rio Grande do Norte – UERN – Mossoró, tendo sido presidente da
República Universitária. Trabalhou como coordenadora pedagógica em Mossoró,
enquanto servidora da Secretaria Estadual de Educação. Em 1998, quando se
aposentou, passou a morar em Natal. É esposa de Durval e mãe de Anna Cecília,
Sérgio e Mara Regina, além de ser dona de um jardim com roseiras. Seu
passatempo predileto é ler e escrever. Participa do grupo de canto Unidos em
Cristo e do coral feminino Santa Cecília. Desde muito tempo tem escrito, mas só
agora, com o incentivo e o apoio dos filhos, publica o seu primeiro livro.