Há
anos conheci este excelente guitarrista de jazz, Gábor Szabó, natural da
Hungria. Digo: ouvi sua música ─ e gostei muito! Em tempos de internet, com
websites e blogs específicos sobre o assunto, poupo-me de oferecer a biografia
do mesmo, pois o leitor (e ouvinte, obviamente) interessado há de encontrar
referências. Minha breve nota enfatiza apenas a ideia de divulgar um pouco o
músico e sugerir: escutem aí, amigos, este disco, o Belsta River (busquem no
youtube). E vejam que música maravilhosa! Aqui e ali, sugerirei algo das
músicas e músicos que aprecio e, se preciso, fazei algum comentário.
domingo, 22 de abril de 2018
sexta-feira, 20 de abril de 2018
POEMA DO "RIO DO FOGO", DE BRUNO LACERDA E DAVID DE MEDEIROS LEITE
ESCRUTÍNIO
Nossos
pés
se
encontram
em
águas rasas.
Os
meus,
vindos
do mar
:
mareados.
Os
seus, da terra
:
azoados.
No
apear,
escrutinamos
abastanças
e arrastados.
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ESCRUTINIO
Nuestros
pies
se
encuentran
em
aguas bajas.
Los
míos
venidos
del mar
:
mareados.
Los
suyos, de tierra
:
aturdidos.
Em
el parar,
escudriñamos
abundancias
y arrastrados.
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SERVIÇO:
Rio
do Fogo
Bruno
Lacerda (Fotografias)
David
de Medeiros Leite (Poemas)
Juan
Angel Torres Rechy (Tradução p/
Espanhol)
8
Editora & Sarau das Letras
Contato:
David de Medeiros Leite: davidmleite@hotmail.com
Contato:
David de Medeiros Leite: davidmleite@hotmail.com
QUATRO POEMAS DO PEDRO DU BOIS
![]() |
http://www.projetopassofundo.com.br/ |
Reconstruo:
retiro do ar
a momentânea
oferta
de paz.
Movo o corpo
em sacrifício
e individualizo
o ser:
no amanhecer
o canto
da noite
se desfaz
em cores.
Ao
amanhecer gestos
trocados
na madrugada
se eternizam.
Poema de
número 24, da segunda parte da secção “A Construção do Gesto”, página 24.
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Sob
medida diz o alfaiate
cortando
o pano
milimétrico:
as mangas
o colete
o cós
as calças
o forro
o lenço
no bolso
da lapela.
Tempos
idos.
Novidade
refeita
em livros escolares.
A
maldade atira
a bola
de papel
dentro do
chapéu
sobre a
mesa.
Não há
medida responde
o ancião.
Não há ancião.
Velho
homem desprotegido
em idades ultrapassadas.
Poema
número 1 da secção “A Medida do Peso”, página 49.
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A
primeira cidade
inesquecível:
nascimento
e morte
entrelaçados
no parto.
Cordão cortado
e o
curativo.
O
umbigo cicatriz
a
história não vivida.
O leite
materno
na escura
noite
despercebida
em dias
e meses
de mesmas coisas.
A
cidade avessa
em comportamentos.
Poema
de número 2 da secção “Cidades”, página 66.
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Desce
as escadas:
oficina
aberta em tipos.
preenche
o quadro
entinta
a peça
demora
a pressão
sobre o
papel.
o escrito
umedecido
da
consciência
desfeita
em obras
concretizadas.
Poema
de número 14 – Secção “Consentimento”, página 109.
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SERVIÇO:
A
Construção do Gesto & outros poemas
Pedro
Du Bois
Projeto
Passo Fundo
Sobre
Pedro Du Bois, acesse o blog: http://pedrodubois.blogspot.com.br/
quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018
MUTIRÃO 3 NO ISSU
Terceira edição do
Livreto-revista Mutirão. Com participação de André Dias — Bárbara Costa Ribeiro
— Brennand de Sousa — Carlos Nóbrega — Carlos Vazconcelos — Cláudio Araripe —
Deribaldo Santos — Ellis Mário Pereira — Francisco de Almeida — Henrique Beltrão
— Jarbas Oliveira — Liciany Rodrigues — Lia Leite — Luis Marcos — O Poeta de
Meia-Tigela — Ralphe Alves — Raymundo Netto — Rosanni Guerra — Suellen Lima —
Webston Moura
Para
acessar e ler a publicação Mutirão 3, organizada por Alves de Aquino, O Poeta
de Meia-Tigela, clique neste link: https://issuu.com/opoetademeia-tigela/docs/mutirão3.
segunda-feira, 12 de fevereiro de 2018
Borboleta
O que
me desorganiza, é esta borboleta.
Não é
outra, semelhante, mas esta,
uma
borboleta estranha e, como todas, paciente,
capaz
de estacionar, imóvel, de parar o espaço que ocupa,
de
hipnotizar o ar em redor e ocultar a duração do tempo.
Não há néctar
nas cortinas,
nem nos
móveis,
tampouco
nos livros.
Assim,
por que ela não some?
O azul
de suas asas, forte e denso, é pétreo.
Nunca o
vi, sequer o imaginei.
Noutro
tempo, havia candeeiros, muitos,
como
num enxame, luzes infinititas.
Peixes
deslizavam no ar, luziam cores ácidas.
Loreena McKennitt cantava “Stolen Child”.
E não havia esta
borboleta
─ que incide e subleva,
sem dar clareza dos porquês.
|Autor: Webston Moura|
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Leia outros poemas do autor:
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Webston Moura, administrador deste blog, é Tecnólogo de Frutos Tropicais, poeta e cronista. Natural do Ceará, Brasil, mora no município de Russas, na região do Vale do Jaguaribe. Aprendiz de Teosofia, segue a Loja Independente de Teosofistas - LIT. Tem apreço por silêncio, música, artes plásticas, bichos e plantas. É também administrador dos blogs O Caderno Livre e Só Um Transeunte.
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quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018
MAIS
Não nos
damos exatamente
pelo mistério
das coisas,
que é
apurar os olhos sobre o invisível.
Oculta,
a vida é mais.
Sequer
nos vemos senão como
essas unidades
de produzir e sofrer,
de
repetir os olhos e repisar a paisagem.
Mas,
oculta, a vida é mais.
│Autor:
Webston Moura│
LUGARES DE SER
Eu quero
ser como a Rita Lee,
um lírio
forte, uma pedra meiga,
uma
cadeira na calçada do anteontem.
Eu quero
o aroma da manga
desfazendo
aflições e angústias.
Eu vi
um Zepelim indelével
compondo
a formosura do azul.
Eu quero
a cachoeira secreta de águas lídimas,
onde nenhum
ruído desagradável tome posse.
Eu
quero palavras-vazios,
lugares-de-ser.
E quero
poder jardins em meu coração.
│Autor:
Webston Moura│
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