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Reconstruo:
retiro do ar
a momentânea
oferta
de paz.
Movo o corpo
em sacrifício
e individualizo
o ser:
no amanhecer
o canto
da noite
se desfaz
em cores.
Ao
amanhecer gestos
trocados
na madrugada
se eternizam.
Poema de
número 24, da segunda parte da secção “A Construção do Gesto”, página 24.
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Sob
medida diz o alfaiate
cortando
o pano
milimétrico:
as mangas
o colete
o cós
as calças
o forro
o lenço
no bolso
da lapela.
Tempos
idos.
Novidade
refeita
em livros escolares.
A
maldade atira
a bola
de papel
dentro do
chapéu
sobre a
mesa.
Não há
medida responde
o ancião.
Não há ancião.
Velho
homem desprotegido
em idades ultrapassadas.
Poema
número 1 da secção “A Medida do Peso”, página 49.
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A
primeira cidade
inesquecível:
nascimento
e morte
entrelaçados
no parto.
Cordão cortado
e o
curativo.
O
umbigo cicatriz
a
história não vivida.
O leite
materno
na escura
noite
despercebida
em dias
e meses
de mesmas coisas.
A
cidade avessa
em comportamentos.
Poema
de número 2 da secção “Cidades”, página 66.
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Desce
as escadas:
oficina
aberta em tipos.
preenche
o quadro
entinta
a peça
demora
a pressão
sobre o
papel.
o escrito
umedecido
da
consciência
desfeita
em obras
concretizadas.
Poema
de número 14 – Secção “Consentimento”, página 109.
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SERVIÇO:
A
Construção do Gesto & outros poemas
Pedro
Du Bois
Projeto
Passo Fundo
Sobre
Pedro Du Bois, acesse o blog: http://pedrodubois.blogspot.com.br/
Gratíssimo, caro amigo Webston. Abraços e bom feriado.
ResponderExcluirDisponha, Pedro! É um livro desafiador. Abraços!
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