Nascido
nato
neto de
quem não conheço
rebento
a bolsa
e espalho
Líquido
onde me
encerro.
Estou
pronto
na imensidão
do pranto.
Sou o
choro
do desaparecimento.
Vindo
de todas as partes
reparto
minha inconsciência
ao alvor
dos dias
amanhecidos.
(o pão
dormido)
em auras
descoloridas.
A chuva
lava a terra
a chuva
leva a terra
a chuva
aterra
Desintegrado
em glórias
levadas
ao mínimo exigido
ressurjo
em lembranças
-
anotações
e desenhos
trançadas
sombras de diálogos
extensivos
aos contratempos.
Honro o
lugar desocupado
em
desculpas: esfarrapo palavras
balbuciadas
ao
vento.
[...]
│Excerto
da secção “O suportável hábito de me fazer ausente”, p.39-40, do livro Limites
e outros exageros: e alguns poemas (Projeto Passo Fundo, 2019, de Pedro Du
Bois: http://projetopassofundo.com.br/.
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Em mim
contemplo quem deteriorado
em erros
contém o exagero:
amo na
paisagem
o horizonte
limitador
da
forma.
Antevista
no reflexo
sei a
idealização da fera.
De onde
venho trago
a indefinição
do amor
ressentido
em paixões.
O
intransitável na forma
construída
em embates: minha
consciência
no esforço
de me
fazer traição
e medo.
- inverno
–
Sou
invenção teórica do inexistente.
Habitante
contumaz de salões
em luzes
abaixadas no extremo
do reconhecimento.
Texto
inconcluso
de pontos
finalizados
em destempero.
│Excerto
da secção “O animal insaciável”, p. 157 do livro “Limites e outros exageros: e
alguns poemas” (Projeto Passo Fundo, 2019), de Pedro Du Bois.
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Leia também:
- CHAMAS
- Importância
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