Amargo
coração,
este
que armadilhas
nas
alamedas do livro-de-rosto.
Escuta,
pois, Nana Caymmi.
Deixa
que te tome a isenção dos pássaros.
A
correr na nudez das praias,
pessoa, só pessoa,
esquece-te
de ti!
Não
estarás aqui quando o sol despedir-se.
Sequer
beberás champanhe no dia mais outro,
aquele imaginado
para além, muito além.
Assim,
como podes, escuta Nana Caymmi.
Aprende,
marujo, a deitar carga ao acostamento.
Num
monte alto,
escolha
que podes,
recita
a poesia de teu gozo.
Escuta
o vento.
Aprende
a tristeza, sua lição de disciplina,
não seu
remoer de dor.
│Autor: Webston Moura │
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