sábado, 12 de maio de 2018

INSÍDIA






Invisíveis,
como os perfumes
ou os sentimentos,
aquele não-sei-quê
que alho não é,
tampouco laetitia indiana antiga,
ainda menos a docilidade das brisas,
estes todos venenos que a lei permite e o mercado impõe.

Para a nossa saúde & bem-estar.


│Autor: Webston Moura


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NOTA DO AUTOR:
Poema inspirado num post do Greenpeace, lá no Facebook, cuja imagem peguei de empréstimo (a que se vê acima), e cujo texto (do post, obviamente) reproduzo a seguir:

"Esses deputados querem colocar mais veneno em nosso prato! O Ministério Público Federal diz que o PL 6299/2002 é inconstitucional. A ANVISA, a Fiocruz, o INCA, o IBAMA e o Conselho Nacional de Direitos Humanos repudiam o projeto. Mais de 100 mil pessoas e 300 organizações da sociedade civil são contra. Mas eles preferem ignorar a opinião dos cidadãos! Entenda e confira quem é a favor deste absurdo >> https://act.gp/2rAWy2P"

DE MÃOS VAZIAS






De mãos vazias,
como uma criança em primeiros passos,
para receber o susto que os trovões dão,
a surpresa dos ciclos naturais,
a paciência eficaz das lagartas sobre o milho.

De mãos vazias,
como uma criança domingando o tempo inteiro,
para viver ─ adultos dizem descobrir ─ e nada mais.

De mãos vazias:
assim, teus olhos me chegarão
e eu não terei analgésicos contra,
nem customizarei qualquer cor erguida espontânea.


│Autor: Webston Moura│

Fonte da imagem: Google Imagens

sexta-feira, 11 de maio de 2018

Ásperos Ruídos






Gritos.
O branco da parede.
A luz que se vai crescendo, dia a dia.
Os sons, tantos sons, tantos, de onde chegam?

(De repente, tudo escuro)

Quem está aí?
A mão, estranha mão de homem escondido
              nas bem cuidadas folhas do Estado.

(Agonia)

Amanhã, quem sabe não haja uma chuva imensa,
chuva que derrube estas paredes e me leve,
me devolva aos olhos de quem deixei?
Era uma segunda-feira normal quando fui abduzido.

Que dia é hoje?
Em que ano estamos?


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NOTA:
Este despretensioso poema, escrito ainda hoje, veio-me por conta da matéria que vi sobre novas revelações acerca de execuções de presos políticos no período da Ditadura Civil-Militar (1964-1985), em especial durante o Governo do presidente Geisel. Afirmo que não devemos esquecer, pois assim podemos evitar repetir. Apesar das falhas, que são muitas, VIVA A DEMOCRACIA! Para mais, acesse o website MEMÓRIAS DA DITADURA: http://memoriasdaditadura.org.br/

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Leia outros posts:


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Webston Moura
, administrador deste blog, é Tecnólogo de Frutos Tropicais, poeta e cronista. Natural do Ceará, Brasil, mora no município de Russas, na região do Vale do Jaguaribe. Aprendiz de Teosofia, segue a Loja Independente de Teosofistas - LIT. Tem apreço por silêncio, música, artes plásticas, bichos e plantas. É também administrador dos blogs O Caderno Livre e Só Um Transeunte.
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segunda-feira, 23 de abril de 2018

"CONTOS DE AREIA", de Chico Alves d'Maria






O poeta e contista David de Medeiros Leite enviou-me, via Correios, este bonito livro do Chico Alves d’Maria, sua estreia em contos. Boas estórias, com o sabor das coisas nordestinas!

Chico Alves d’Maria é o atual pseudônimo de Francisco Alves Filho, nascido em Areia Branca-RN, 1955. É engenheiro, poeta, escritor, compositor, letrista, cantor e ator. Com o nome artístico de Kiko Alves, participou de vários festivais de música, como o Festival do SESI, FORRAÇO, FMPB, promovido pela FM Universitária e MPBeco, gravou dois discos autorais e teve participação em vários outros discos. Como ator, participou de espetáculos teatrais pela Stabanada Cia De Teatro e em comerciais de televisão, tendo também atuado como figurante no filme “O duelo”, lançado em 2015. Como poeta, publicou em 2016 o livro “Ancoradouros”. Agora, lança o seu primeiro trabalho em prosa, “Contos de Areia”. De sua autoria, lei os poemas neste link: https://arcanosgravidos.blogspot.com.br/2016/11/poemas-de-kiko-alves.html.

SERVIÇO:
Contos de Areia
Chico Alves d’Maria
Sarau das Letras
Contatos da Sarau das Letras:
Clauder Arcanjo: clauderarcanjo@gmail.com
David de Medeiros Leite: davidmleite@hotmail.com

domingo, 22 de abril de 2018

GÁBOR SZABÓ






Há anos conheci este excelente guitarrista de jazz, Gábor Szabó, natural da Hungria. Digo: ouvi sua música ─ e gostei muito! Em tempos de internet, com websites e blogs específicos sobre o assunto, poupo-me de oferecer a biografia do mesmo, pois o leitor (e ouvinte, obviamente) interessado há de encontrar referências. Minha breve nota enfatiza apenas a ideia de divulgar um pouco o músico e sugerir: escutem aí, amigos, este disco, o Belsta River (busquem no youtube). E vejam que música maravilhosa! Aqui e ali, sugerirei algo das músicas e músicos que aprecio e, se preciso, fazei algum comentário.

sexta-feira, 20 de abril de 2018

POEMA DO "RIO DO FOGO", DE BRUNO LACERDA E DAVID DE MEDEIROS LEITE






ESCRUTÍNIO

Nossos pés
se encontram
em águas rasas.

Os meus,
vindos do mar
: mareados.
Os seus, da terra
: azoados.

No apear,
escrutinamos
abastanças e arrastados.

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ESCRUTINIO

Nuestros pies
se encuentran
em aguas bajas.

Los míos
venidos del mar
: mareados.
Los suyos, de tierra
: aturdidos.

Em el parar,
escudriñamos
abundancias y arrastrados.

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SERVIÇO:
Rio do Fogo
Bruno Lacerda (Fotografias)
David de Medeiros Leite (Poemas)
Juan Angel Torres Rechy  (Tradução p/ Espanhol)
8 Editora & Sarau das Letras
Contato:
David de Medeiros Leite: davidmleite@hotmail.com