Frágil, surgia.
Vitis vinifera.
Tão forte!
Assustada,
carecia de abraços.
Não queria
pensar, medir, saber.
Desapareça, cabeça, desapareça!
Assim é
o corpo quando só,
quando dor:
todo humano.
Assim é
o humano.
Assustada,
queria apenas sumir-se do presente;
depositar-se,
tranquila, nalguma longinquidade.
Por
isso e gradual, o vinho.
E o
sofá diante da janela.
(Cor de
trigo, dócil, a tarde).
Silêncio.
Dentro
do abraço,
fora do
mundo,
desassustava-se.
E o
vinho já lhe corava os olhos.
Seu corpo,
lar, canção, deserto.
│Autor: Webston Moura│
____________________