Havia
sempre o velho,
a partir
das cinco da tarde,
à
calçada, cadeira posta,
cabelos
encanecidos,
olhar
de sem-espanto,
como a
contar apenas
a
passagem daquela hora
em que
seu pouco de senhorio
se
assenhorava de apenas estar.
Até o
dia de nunca mais,
onde se
passou a contar
o tempo
provido somente
do
cachorro que antes havia
em
redor do velho,
silente
bicho de olhos
agora
ainda mais aguados
(ou
seriam secos?)
Na pequena sala,
a imagem
do Sagrado Coração de Jesus
e um
encontro de pequenos sons
vindos
de onde não mais havia um velho,
mas só seu
nome
(que era
mínimo como a vila
que
ajudara a construir): Zé.
│Autor: Webston Moura │