Entro
no teu corpo
branco
santuário
de
cal e camélia
o
porto que abriga
a
nau insensata
e
sombra de espiga
no
chão do verão.
No
teu corpo encontro
a
âncora da vida
achada
e perdida
no
Mar Oceano
o
cheiro de estrume
guardado
no estábulo
o
longo sol pálido
que
nos ilumina
como
um candelabro
que
jamais se apaga
no
final da festa
de
arquejo e desejo
quando
só nos resta
a
sobra das almassaliva e sobejo na escuridão.
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# Constante de Cem poemas de amor (Escrituras Editora, 2004).
│Autor: Lêdo Ivo │
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