segunda-feira, 30 de junho de 2025
O (Eterno) Problema do Lixão de Russas
domingo, 22 de junho de 2025
Bastante
Laranja
numa palavra - laranja - por exemplo.
Deixar que role,
que empreste à mão
a redondez e a cor do desejo.
Se lhe ferimos a casca
responde-nos
com um aroma cítrico
que entontece.
Quando levada à boca, gomos de ouro,
toma-se logo mais brando o olhar
sobre a névoa do quintal.
Lá fora, as laranjas, lanternas
dos jardins das Hespérides
Cá dentro, suco e sabor a saber
em redor da palavra-tema.
Por vezes, laranja
Por vezes, poema.
*
Óleo sobre tela: Oranges, de Tim Johnson
*
A Terceira Guerra Mundial
Vídeo retirado do perfil da Federação Árabe-Palestina (Fepal), no Instagram. Lá, há os seguintes dizeres: "Menino palestino chora de fome em Gaza: 'Estamos comendo areia ao invés de pão! Isso é errado da parte de vocês! Tenham misericórdia!'"
sábado, 21 de junho de 2025
Mel Lisboa Recitando Letra de Uma Música de Bebeto Alves, Seu Pai
segunda-feira, 16 de junho de 2025
Alteração em quatro genes pode explicar o gigantismo das baleias
Mecanismos moleculares envolvidos no processo parecem proteger os animais contra o câncer. Artigo de Letícia Naísa, da Revista Pesquisa FAPESP ![]() |
Baleia-azul na costa oeste norte-americana: pode chegar a 30 metros de comprimento Saintsfc / iNaturalist |
Como um animal que há quase 50 milhões de anos era do tamanho de um lobo, com 1,6 metro (m) de comprimento no máximo, deu origem a outro que pode chegar a 30 m? Essa foi uma das perguntas que moveu a bióloga Mariana Nery e sua equipe no Instituto de Biologia da Universidade Estadual de Campinas (IB-Unicamp) a investigarem a evolução molecular dos genes dos cetáceos gigantes, como as baleias-azuis. Eles estão entre os maiores animais que já existiram na Terra, incluindo os dinossauros, afirma Nery. “A evolução desses animais é uma história maravilhosa”, comenta a bióloga.
Nas últimas décadas, muito se aprendeu sobre essa história por meio de fósseis muito bem preservados. Nery e sua equipe se concentraram em um material menos explorado: o molecular. Em um artigo publicado na revista Scientific Reports nesta quinta-feira (19/1), os pesquisadores brasileiros apresentam os resultados de uma análise de nove genes previamente associados ao tamanho grande de cetáceos. Em pelo menos quatro genes – GHSR, IGFBP7, NCAPG e PLAG1 – foram detectados indícios evolutivos de que houve forte seleção natural pelo gigantismo nessa linhagem. “Esses genes são excelentes candidatos a serem os responsáveis, ao menos em parte, pelo tamanho enorme dos golfinhos e baleias”, explica. Eles também aparentam estar envolvidos em mecanismos de supressão de câncer, atuando no controle de divisão, migração e desenvolvimento celular. O artigo é resultado da pesquisa do biólogo Felipe Silva, estudante de mestrado orientado por Nery. As análises foram feitas com base em bancos de dados já existentes com genomas sequenciados de cetáceos.