Por vezes, basta pegar
numa palavra - laranja - por exemplo.
Deixar que role,
que empreste à mão
a redondez e a cor do desejo.
Se lhe ferimos a casca
responde-nos
com um aroma cítrico
que entontece.
Quando levada à boca, gomos de ouro,
toma-se logo mais brando o olhar
sobre a névoa do quintal.
Lá fora, as laranjas, lanternas
dos jardins das Hespérides
Cá dentro, suco e sabor a saber
em redor da palavra-tema.
Por vezes, laranja
Por vezes, poema.
*
Óleo sobre tela: Oranges, de Tim Johnson
*
numa palavra - laranja - por exemplo.
Deixar que role,
que empreste à mão
a redondez e a cor do desejo.
Se lhe ferimos a casca
responde-nos
com um aroma cítrico
que entontece.
Quando levada à boca, gomos de ouro,
toma-se logo mais brando o olhar
sobre a névoa do quintal.
Lá fora, as laranjas, lanternas
dos jardins das Hespérides
Cá dentro, suco e sabor a saber
em redor da palavra-tema.
Por vezes, laranja
Por vezes, poema.
*
Óleo sobre tela: Oranges, de Tim Johnson
*
|Da página Quem lê Sophia de Mello Breyner Andresen
|Autoria: LÍDIA BORGES, in DESARRUMOS (Ed. de Autor, 2025)
.................................................
Leia outros posts:
.....................................................................
Webston Moura, administrador deste blog, é Tecnólogo de Frutos Tropicais, poeta e cronista. Natural do Ceará, Brasil, mora no município de Russas, na região do Vale do Jaguaribe. Aprendiz de Teosofia, segue a Loja Independente de Teosofistas - LIT. Tem apreço por silêncio, música, artes plásticas, bichos e plantas. É também administrador dos blogs O Caderno Livre e Só Um Transeunte.
..............................................................................
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Caso queira, comente!