Marina

Marina - Íon Theodorescu-Sion

Marina: sf. Cais ou doca à beira-mar aonde as embarcações são atracadas e onde se dispõe de equipamentos e instalações para tanto. Também nome de mulher, mulher pertencente ao mar. Nome carregado de brisa e sal. Nome repleto de beleza, apesar da simplicidade. Nome de inteira poesia e amenidade. Marina, nome sem antônimos, sem cascalhos e sem rasuras.

|Autor: Webston Moura|

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Um Jogo

Nossas Convicções

Meu Destino

Sob O Sol Mais Diligente

Enseada

Meu Jardim

Separando Roupa Para Lavar

Na Mão Fechada

Cavalos Selvagens

Coisa em Falta

Bella

A Teu Coração

A Imensa Constante de Tudo o Que Existe

Aliança

A Palavra Sob a Luz

Gosto de Música, Não de Festa

Consciente e Corajosamente

Máquina Diária de Repetir Tarefas

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Webston Moura, administrador deste blog, é Tecnólogo de Frutos Tropicais, poeta e cronista. Natural do Ceará, Brasil, mora no município de Russas, na região do Vale do Jaguaribe. Aprendiz de Teosofia, segue a Loja Independente de Teosofistas - LIT. Tem apreço por silêncio, música, artes plásticas, bichos e plantas. É também administrador dos blogs O Caderno Livre e Só Um Transeunte.

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Um Jogo

17. 3. 69 (1969)
- John Hoyland

"Um peixe riscou as águas do amanhecer."

(nuno g.)

Era a ideia acendendo a cabeça

sob o primeiro calor do dia.

Eu era outro.

Depois do estio da noite,

havia-me nu e novamente pronto,

ou quase, para outra jornada.

Tinha que deslindar a monotonia,

desenrolar as dobras do cotidiano.

Tudo era ínfimo,

tudo era enorme,

como num jogo.

E eu sabia, mas não sabia

            o próximo lance.

|Autor: Webston Moura|

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Nossas Convicções

Solução

Administrar

Contar Uma Estória

Qual A Nossa Idade?

O Brado Retumbante

Uma Leve Demonstração de Força

Um Bando de Pássaros

A Terceira Guerra Mundial

Organização e Ordem

Tudo Passa

Doce Melancolia

A Teu Coração

A Imensa Constante de Tudo o Que Existe

Aliança

A Palavra Sob a Luz

Gosto de Música, Não de Festa

Consciente e Corajosamente

Máquina Diária de Repetir Tarefas

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Webston Moura, administrador deste blog, é Tecnólogo de Frutos Tropicais, poeta e cronista. Natural do Ceará, Brasil, mora no município de Russas, na região do Vale do Jaguaribe. Aprendiz de Teosofia, segue a Loja Independente de Teosofistas - LIT. Tem apreço por silêncio, música, artes plásticas, bichos e plantas. É também administrador dos blogs O Caderno Livre e Só Um Transeunte.

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Nossas Convicções

Dichotomic Organization (1959)
- Lorser Feitelson

Nossas convicções podem nos fazer muito mal, a depender do que sejam e, pior, de como sejam vividas, especialmente se vividas com muita paixão. Mas, em geral, não costumamos pensar mal das nossas "doces" certezas e visões.

Já que se diz que crescer é também, e sobretudo, lutar contra si, lutar contra aquilo que em nós é engano e loucura, disso se pode ter um ponto fundamental no crescimento. Então, que seja! Lutemos!

Porém, cuidado! Ao tentar retirar o cupinzeiro, pode-se derrubar a casa.

|Autor: Webston Moura|

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Nuvem Laranja Sobre O Mar Adriático

Nuvem Laranja Sobre O Mar Adriático (1996)
- Wolf  Kahn

Aqui,

só aqui,

neste onde de uma esquina

esquivada,

é que se pode ver uma nuvem laranja

                    sobre o mar adriático.

Não um cisne num lago azul

ou a palavra obscura na porta de um oráculo.

Não a gota a quase cair da madeira,

nem o troar de cavalos selvagens.

Aqui,

só aqui,

caminho sigiloso da mente quieta,

é que se pode ver uma nuvem laranja

                    sobre o mar adriático.

|Autor: Webston Moura|

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Meu Destino

Untitled - Constantino Blandea

Minha experiência é minha, unicamente minha. A singularidade do indivíduo dá nisso. Não posso transferir a outros a tarefa de ser quem sou, nem de seguir minhas estradas e realizar o meu destino. Assim sendo, não posso, também, aceitar que outros queiram viver o que só eu posso e necessito. Não posso aceitar que me neguem o direito a uma subjetividade minha, única, e que só eu posso manifestar. Nada, nestas afirmações, tem a ver com ser sectário, mas, simplesmente, com o fato de que, se somos únicos, cada um em sua pele, isto vale para cada um e, portanto, todos. É uma verdade de pedra.

|Autor: Webston Moura|

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Sob A Luz Apressada Dos Dias

O Nosso Pequeno Reino Das Palavras

Quem Somos?

Outra Vez Em Meu Silêncio

A Perfeição

Ser e Significar

Nunca Estamos Sós

Existir

Estas Linhas

Os Detalhes

A Alegria

A Nódoa

Há Muita Beleza No Mundo

Luzes e Soturnos

A Coisa Obtusa

Sombra e Rabisco

Desafinados

À Procura da Beleza

Quatro Laranjas

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Sob A Luz Apressada Dos Dias

Landscape in the Rain (1890)
- Vincent van Gogh

Diríamos que toda chuva é a mesma:

água caindo do céu sobre a terra

e todos os resultados que isto dá.

Mas, não!

Porque nós mudamos de uma para

outra: renovação inevitável

do ser que se lava na água

                    ou na brisa,

após sujar-se de mundo.

A cada vez que chove,

quem somos?

Faces das quais nem nos apercebemos,

sombras rápidas e detalhes

sob a luz apressada dos dias.

|Poema da Série "Por Ocasião da Chuva" - Autor: Webston Moura|

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O Nosso Pequeno Reino Das Palavras

Untitled (1971)
- Frank Lodbell

Esta palavra que corrói o ouro do silêncio. Esta palavra dita assim sem mais nem menos, a falar do que se esquece rapidamente, em casa ou na rua, em qualquer lugar, sem cerimônia, corriqueira palavra. Esta Palavra que julgamos inofensiva, saída da boca como o ar expirado, a saliva em perdigoto ou coisa menos importante. Esta palavra escrita na madeira ou no papel, gravada a esmo no rol das coisas que aparecem e somem. Esta palavra, coisa entre coisas, nos faz reis. Ao menos deste pequeno reino de códigos que dominamos, depois de todo o tempo em que não soubemos palavra alguma, antes do primeiro estalo na língua. Esta palavra é um lírio, mas pode também ser um nó.

|Autor: Webston Moura|

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