Há
muita força em qualquer coisa
natural.
Coisa é ser sem nome mesmo.
E não
ter nome não é demérito, mas liberdade.
Há
muita força na monotonia dos peixes,
miúdos peixes
que me prendem a atenção,
à beira
d’água, marulhos vagando no silêncio.
Observo
a condição dos homens,
espécie
atônita da qual faço parte,
e vejo coisas presas a nomes.
Tenho
pena de nós,
cegueira
implacável
cultuada
como a um deus.
(Mas deus de que mesmo?!)
│Autor: Webston Moura │
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