segunda-feira, 26 de maio de 2025

Menina Penteando O Cabelo



Menina Penteando o Cabelo (1892)
- Edvard Munch



Menina penteando o cabelo.

Só.

O dia,
lá fora,
vive por si.

Longe disto,
menina penteando o cabelo,
os sérios homens de negócio
articulam o próximo ganho egoísta.



|Autor: Webston Moura|

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Webston Moura
, administrador deste blog, é Tecnólogo de Frutos Tropicais, poeta e cronista. Natural do Ceará, Brasil, mora no município de Russas, na região do Vale do Jaguaribe. Aprendiz de Teosofia, segue a Loja Independente de Teosofistas - LIT. Tem apreço por silêncio, música, artes plásticas, bichos e plantas. É também administrador dos blogs O Caderno Livre e Só Um Transeunte.
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Mar de Encanto



Charming Sea - Ion Tuculescu



Mar de encanto,
porque todo mar é.

Nas cidades,
aonde elas terminam,
rumo às viagens,
mar de abraços,
alegria e segredos.

Mar de encanto,
lugar existente
ou inventado,
refúgio de poeta,




|Poema da Série "Mar" - Autor: Webston Moura|

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quarta-feira, 21 de maio de 2025

Só O Que Posso



Komposition mit rotem Bogen - Fritz Winter



Carrego quem sou, o que faço, o que atravesso, o que me comove ou me dói. Carrego, em diferentes quantidades, a luz e a tolice, a maneira mesma de ser humano, incompleto e curioso, entediado e cansado, alegre e solto. Como se nada fosse terminar, carrego a certeza que se engana, a dúvida que elucida, a fala que diz e a que não diz. Carrego o costume que acalma, o não que me barra, a linha indistinta entre o erro e o alívio. Carrego esta bagagem de miúdas solidões e rumores. Carrego a mim, diferença manifestada pelo mistério.

Porque é só o que posso carregar.




|Autor: Webston Moura|

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Pichação



Untitled (1963) - Brice Marden



riscado no muro nada diz,
é só marca da mão em desassossego.

Poderia ser clara mensagem à união dos homens,
mas não é.

Separa, em vez de juntar.
Tumultua, em vez de acalmar.

Como tudo que a cidade exibe,
solidão, medo, excessoilhas, desalinho,
eis a mensagem que, no muro, apaga a luz
                             e prolonga a espera.



|Autor: Webston Moura|

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segunda-feira, 19 de maio de 2025

Inteligência artificial ajuda a distinguir galáxias espirais das elípticas

Algoritmos classificam 160 mil agrupamentos de bilhões de estrelas a partir de imagens obtidas por telescópio robótico brasileiro

Inteligência artificial ajuda a distinguir galáxias espirais das elípticasAlgoritmos classificam 160 mil agrupamentos de bilhões de estrelas a partir de imagens obtidas por telescópio robótico brasileiro Marcos Pivetta, da Revista Pesquisa FAPESP

Galáxia Antena, de formato difícil de classificar

ESA / Hubble & NASA

Uma equipe internacional liderada por astrofísicos do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF) classificou o formato de cerca de 164 mil galáxias visíveis no céu do hemisfério Sul com o emprego de dois algoritmos de inteligência artificial desenvolvidos no país. O primeiro analisou as imagens e identificou objetos que poderiam comprometer a categorização das galáxias de acordo com seus contornos, como a presença de um corpo extremamente luminoso no campo de visão. Atribuiu ainda a cada imagem qual era sua probabilidade de ser útil para determinar a forma de uma galáxia. O segundo algoritmo fez a classificação em si desses enormes agrupamentos de bilhões de estrelas a partir da distribuição e concentração dos menores pontos luminosos (pixels) que compõem as imagens. Foram usados no estudo registros das galáxias obtidos pelo telescópio robótico brasileiro T80S, em funcionamento no Chile desde 2016.

quarta-feira, 14 de maio de 2025

Caminhante



Yellow Landscape (1953) - Karl Benjamin



Caminhante,
olho a estrada.

Ela é minha escolha,
ainda que não pareça.

Suas pedras e suas curvas,
seu horizonte, seu idioma,
sua promessa, sua inocência.

Às vezes,
basta-me o silêncio,
as luzes apagadas,
como quem, se pode,
desliga o mundo
e se deita no escuro.

Noutras,
que as coisas pronunciam
debaixo do tédio.

Caminhante,
sei-me com os outros
enquanto ainda posso
e o tempo me permite.


|Autor: Webston Moura|

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Como A Poeira Que O Vento Traz



Untitled (1930) - Kansuke Yamamoto



É quando cai a noite
e a cidade, lá fora, muda.

Ruídos, gente, pressa,
a volta pra casa, o cansaço,
vidas amassadas e mal vividas.

Amanhã, igualmente, o mesmo:
solidão que reúne e a tristeza
que se arrasta, como a poeira que o vento traz.



|Autor: Webston Moura|

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