sábado, 14 de junho de 2025

Saber



Flowering Garden in Spring (1920)
- Henri Martin


Em meio às árvores dalgum lugar. Com elas e sua conversa de ventos. Saber como se vive. Saber como se vive bem. Saber. E não precisar pensar. Não precisar pensar como quem se afirma e se defende. Saber como quem está em paz. E esquecer de tudo que os dias levam.



|Autor: Webston Moura|

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Webston Moura
, administrador deste blog, é Tecnólogo de Frutos Tropicais, poeta e cronista. Natural do Ceará, Brasil, mora no município de Russas, na região do Vale do Jaguaribe. Aprendiz de Teosofia, segue a Loja Independente de Teosofistas - LIT. Tem apreço por silêncio, música, artes plásticas, bichos e plantas. É também administrador dos blogs O Caderno Livre e Só Um Transeunte.
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Além das Aparências



Balchik Street (1930)
- Francisc Sirato



Outra guerra,
outras vítimas.

Amanhã, depois,
esqueceremos,
que já outra haverá.

Da minha cadeira,
esta que pegou o jeito de meu corpo
- modo de dizer que envelheci -
só me dou ao silêncio de olhar,
sem mais poder.

Vejo a alegria aflita dos animados,
mas dela não participo.

Estou no tempo de ver além,
estou a caminho de casa,
aquele coração que me havia
quando eu ainda sorria leve.



|Autor: Webston Moura|

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Metamorfose



Metamorphosis (1959) - Manuel Rivera



Já tive outra idade, já fui outro. Como tudo que me rodeia, atravesso o tempo. E tudo que é maior e mais real, é isto, a travessia. Com as metamorfoses sem fim.




|Autor: Webston Moura|

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Ter



Cloud Study (1822) - John Constable


Não se pode ter as nuvens nem usá-las em finalidades egoístas. Só se pode olhá-las, admirando-as em sua passagem.

Não se pode ter em cofre ou ao bolso muito do que se vê. As coisas existem pela sua exuberância e forma própria de existir, sem o afeto da mesquinhez humana.

Pode-se ter um cavalo ou iludir-se de o ter, pois, em sua intimidade, nada é possuído de fato por esses seres em trânsito que somos.



|Autor: Webston Moura|

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sexta-feira, 13 de junho de 2025

Grandeza de Sentimento



Vista de Veneza do Mar (1896)
- Charles Cottet


Não era esta paisagem,
esta de Veneza vista do mar,
mas havia também toda a grandeza de sentimento.

O que era?

Era uma vaca pastando na lateral da casa,
os ventos mansos em redor,
o silêncio cortado pelos gestos de minha mãe,
era a estrada adiante quase sempre vazia,
era a minha inocência passeando o olhar
sobre tudo o que eu não sabia traduzir.

E era mágico.

Como esta Veneza vista do mar,
a música dos Tears fos Fears
e a honestidade dos honestos.

|Autor: Webston Moura|

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Perguntas No Silêncio do Espelho



Mirror six panels #1 (1970)
- Roy Lichtensteis



Quem são esses estranhos,
a se fazerem íntimos em melindrados "bons dias!"?

Que há entre nós,
agora diferentes
e apressados em fazer o dia?

As crianças que fomos
e os jovens sonhadores,
o que lhes ocorreu,
em que esquina da burocracia se perderam?

|Autor: Webston Moura|

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domingo, 1 de junho de 2025

À Minha Mãe Que Partiu Hoje






Hoje, 1 de junho de 2025, agora à noite, minha mãe partiu em paz.

Maria José de Moura Lopes, mais conhecida como Zelita, sempre foi uma pessoa alegre e positiva. Gostava de gente, de conversar, de alegria, de música, sempre foi bastante religiosa, enfim, gostava da vida. A idade avançada (83 anos) e os problemas próprios disso foram as causas gerais de sua passagem.

Eu, tanto quanto meus irmãos, sinto a perda, a dor, mas sobretudo quero expressar aqui a minha gratidão. Obrigado, mãe! Que a senhora esteja, agora, em paz, livre dos aborrecimentos do lado de cá e trilhe o seu caminho evolutivo. Sempre estaremos juntos em pensamentos, sentimentos e intenções. Adiante nos encontraremos.

Saudades,
Webston Moura

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