e
afia o seu humor por sobre as casas.
A
nossa forma mesma de recebê-lo,
impossibilitados
de sermos mais.
A
vaga lembrança, no meio da tarde,
de
um momento de devaneio.
A
consciência e os hiatos
que
preencherão o corpo.
O
inventário de infrações e desejos,
caderno
posto a funcionar sem fim.
A
pele que se enruga, ao espelho:
luz
devolvida em desagrado.
Abrir
a porta,
como
quem já sabe,
e,
a seu pé,
um
perene tigre reencontrado.
Erguer os braços e despejar
Erguer os braços e despejar
os
restos de um sono conhecido.
Bocejar
(um
por um triz):
e
ar não faz música.
Tomar
banho,
comer
o rápido
e
sair em áspero.
O abandono.
|Autor: Webston Moura|
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Webston Moura, administrador deste blog, é Tecnólogo de Frutos Tropicais, poeta e cronista. Natural do Ceará, Brasil, mora no município de Russas, na região do Vale do Jaguaribe. Aprendiz de Teosofia, segue a Loja Independente de Teosofistas - LIT. Tem apreço por silêncio, música, artes plásticas, bichos e plantas. É também administrador dos blogs O Caderno Livre e Só Um Transeunte.
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