Névoa da manhã,
início do dia,
lugar vazio
onde a luz é criança.
Percorro a rua:
um cão, só, atravessa
e some, parece faminto.
Um velho, de bicicleta, arrasta
sua respiração sobre o asfalto,
falta-lhe a força para mais precisão.
Garças voam,
o céu é alto,
o sol inda é parco.
O orvalho,
seus restos,
sustenta,
ainda,
a noite
ida.
|Autor: Webston Moura|
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Webston Moura, administrador deste blog, é Tecnólogo de Frutos Tropicais, poeta e cronista. Natural do Ceará, Brasil, mora no município de Russas, na região do Vale do Jaguaribe. Aprendiz de Teosofia, segue a Loja Independente de Teosofistas - LIT. Tem apreço por silêncio, música, artes plásticas, bichos e plantas. É também administrador dos blogs O Caderno Livre e Só Um Transeunte.
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