As ilhas são exílio,
dimensões outras
do espaço nosso.
Como Corfu,
ilha Jônica
de azulíssimo céu
e águas claras.
As ilhas,
como Corfu,
se assim olhadas,
são auto-desterros
que podemos usar,
se é que podemos.
Quem nelas nasce, de tédio vive,
por ser dali acostumado.
As ilhas são exílios,
a que nos damos,
se o pudermos.
Se não pudermos,
nós mais sonhamos,
se assim nos cabe.
Como Corfu,
esta que toco,
mas só com os olhos,
sem me dar mais
destes tão-longes
de sonho e paz.
|Autor: Webston Moura|
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Webston Moura, administrador deste blog, é Tecnólogo de Frutos Tropicais, poeta e cronista. Natural do Ceará, Brasil, mora no município de Russas, na região do Vale do Jaguaribe. Aprendiz de Teosofia, segue a Loja Independente de Teosofistas - LIT. Tem apreço por silêncio, música, artes plásticas, bichos e plantas. É também administrador dos blogs O Caderno Livre e Só Um Transeunte.
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