Cometo
erros, e a simetria dos meus olhos
canta cascade, de Siouxsie and The Banshees.
Querem-me
ordinário, usual e militante,
mas eu gosto
é desses campos vazios,
o vagar
da mente nos detalhes e no esparso.
Cometo
erros, carne-e-osso, loiras noturnas
sorrindo
sob a placa de neon-clichê, vénus.
Sinto-me
assim, peixe incerto, lume-oscillare,
cântaro
a receber ciganas danças, luau.
Chama-me,
amor, babel querida, mulher!
Cá
estou, calça jeans, sábado de ócio.
Chama-me,
bala de café, fogo nômade!
Cá
estou, velas ao vento, noite orvalhada.
Cometo
erros.
E o que
seria de mim
se não
os cometesse
na humana
paisagem que me passeia?
Quero
fugir, quero fugir, quero fugir
de todos
os olhos repetitivos.
│Autor: Webston Moura │
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