O verso não está ponto.
Procuro o caminho,
mas não há.
Falta-me a candeia
e o espanto.
O verso não está pronto,
as coisas ordinárias me tomam.
Procuro um rosto,
mas só encontro a massa geral,
a água turva correndo veloz.
O verso,
que seria ouro,
está na lama,
no fundo violento,
recusando-se a vir tomar sol
entre as falas e olhos de outrem.
O verso está com medo.
Ou está cansado.
|Autor: Webston Moura|
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Webston Moura, administrador deste blog, é Tecnólogo de Frutos Tropicais, poeta e cronista. Natural do Ceará, Brasil, mora no município de Russas, na região do Vale do Jaguaribe. Aprendiz de Teosofia, segue a Loja Independente de Teosofistas - LIT. Tem apreço por silêncio, música, artes plásticas, bichos e plantas. É também administrador dos blogs O Caderno Livre e Só Um Transeunte.
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