No
início o resquício
surpreende quem se aproxima
trazido pelo imponderável.
surpreende quem se aproxima
trazido pelo imponderável.
amanhã a
repetição
contempla: calores
abrasam a finitude
até as cinzas
se fazerem
pedras logo
adiante.
contempla: calores
abrasam a finitude
até as cinzas
se fazerem
pedras logo
adiante.
A
possibilidade torna
indevido o esforço.
indevido o esforço.
Desacompanhados
olhos perduram
sobre a presa:
olhos perduram
sobre a presa:
conheço
nos hábitos
a certeza do propósito.
a certeza do propósito.
Com as
luzes
apagadas o predador
sente cansaço: a presa mede
distâncias
com olhos
diagramados.
apagadas o predador
sente cansaço: a presa mede
distâncias
com olhos
diagramados.
Em cada
decisão o erro
se confunde: onde os olhos
se desinteressam?
se confunde: onde os olhos
se desinteressam?
Em toda
pergunta
remanesce a dúvida
pelo incomparável.
remanesce a dúvida
pelo incomparável.
Assim o
destempero
se reapresenta em murmúrios
e palavras
e gritos
e atos.
se reapresenta em murmúrios
e palavras
e gritos
e atos.
[...]
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Excerto de O Homem Despegado de Olhos e Outros Poemas, Projeto Passo Fundo, 2019, de Pedro Du Bois, pags. 14, 15 e 16.
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Leia também:
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Pedro
Du Bois – Poeta e contista. Passo Fundo, RS, 1947. Residente em Balneário
Camboriú, SC. Vencedor do 4º Prêmio Literário Livraria Asabeça, Poesia, com o
livro Os Objetos e as Coisas, editado pela Scortecci Editora, SP. Participante
do Projeto Passo Fundo. Blog: http://pedrodubois.blogspot.com/.
Grato, amigo Webston.
ResponderExcluirAbraços desde sempre confinados.
Com muita demora, agradeço pelo livro, Pedro! Obrigado! Abraços!
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