nunca lerão um poema.
São
homens
que bebem café,
tomam banho de rio,
têm filhos e um cachorro.
que bebem café,
tomam banho de rio,
têm filhos e um cachorro.
Poucos
homens
conhecerão meus versos.
conhecerão meus versos.
E o que
direi a esses homens
nos meus versos?
nos meus versos?
Que
também bebo café?
Que tenho saudade de casa?
Que há noites em que fico sem dormir?
Que tenho saudade de casa?
Que há noites em que fico sem dormir?
Quem
sabe, em vez de poemas,
talvez melhor seja
telefonar a cada um desses homens.
talvez melhor seja
telefonar a cada um desses homens.
Há algo
na poesia
que não se pode contar?
que não se pode contar?
Aguardo
respostas
para ajudar a rimar.
para ajudar a rimar.
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Sérgio Queiroz de Medeiros – Mossoroense-RN, 1981. Autor de “Um lugar azul” (2009), “Para ler na chuva” (2012). O poema acima faz parte do livro “Guardados”, publicado pela Sarau das Letras, em 2019. Um blog: umlugarazul.
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