Entre coisas que se tocam,
costuras e voos.
Um grão
de areia: tomo-o nas mãos.
Minúscula
vida inerte e muda
que carrega
o tempo.
Posso desfolha-lo,
com
imaginação e ciência.
Acordo
seu íntimo e extinto fogo,
alma que
fora junta de outras
amálgama
carregada e resoluta,
sombra
agora repousada sob a luz,
dura e
frágil matéria que me fala.
Estamos
um no outro?
Que
conversa travamos,
misturas
de tempo e força,
nós,
naturezas bravas
que a
vida adestra?
Dialogamos
eu e o grão:
um olho,
o quartzo;
o outro,
emoção.
Sou humano,
e esta odisseia
é demais
para ser
apenas condição.
Olho o
grão de areia,
que me
fita com suas ausências,
e disto
sei: sou humano.
│Autor: Webston Moura │
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