Uma
carta encontrarei
Debaixo
da minha porta.
Ordem
da Filha do Rei?
Feitiço
da Moira Torta?
A carta
não abrirei.
Talvez
me seja fatal.
Mas sobre
o leito há uma rosa,
Há uma
rosa e um punhal.
Que fiz
de bem ou de mal
Pelos
caminhos que andei?
Qual
dos dois, rosa e punhal,
É o da
Princesa e o do Rei?
Ai,
tudo a carta diria,
A carta
de sob a porta...
Se não
se houvera sumido
Por artes
da Moira Torta.
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# Poema constante de Canções (Editora Globo, 1994)
│Autor: Mário Quintana │
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