Da
casa, o pó sobre tudo,
o tempo
passou.
Aqueles
dias não existem mais,
exceto
como lembrança e mágoa,
alguma
doçura, ilusões.
Na
praça em frente,
refeita
de cal e pedras novas,
outras
crianças gritam e correm
─ e
isso é o que dói.
A
cidade,
transmutada
de progresso hostil,
guarda pouca
alegria e quase nenhum aconchego.
As
pessoas, desconhecidas, correm
e pouco
resta do que já houve.
Outra
estação chega,
o inverno,
onde a
luz se esconde
e os
fantasmas,
revigorados,
hão de
reviver com mais força.
│Autor:
Webston Moura│
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Caso queira, comente!