Outro
instante não houve em tua vida
fora do
longo e lúcido momento
em que
regavas as palavras vindas
do lago
azul dos vales araucanos.
Um
instante não houve, camarada
em que
afastasses a tua voz
do
sussurro da floresta antiga
e do
ruído das estações de esperança
sempre
despedidas. E perseguidas sempre.
Providencial
operário e artífice:
forjaste
o sino vibrante que dobra
sobre
os tetos da pobreza
e
retine na alma americana
em
toques infindáveis.
Poeta,
acepta nuestra
copa,
maduro
vino de la tierra amanhecida.
Campanas
solidarias
en las
minas, em la pampa, em los cerros,
em todas
partes repercuten las palavras
antiguas
y nuevas de flor ya sangre.
Rosas
blancas alzadas al cielo
una bandada
de palomas
Saluda
el Tiempo Nuevo.
...........................
# Poema constante de "Neruda: canto memorial" (Imprensa Universitária, 2004). Website do autor: http://www.lucianomaia-memoriadasaguas.com/
│Autor: Luciano Maia │
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