segunda-feira, 2 de novembro de 2020

"Djam Odja", de Elida Almeida

 






Elida Almeida, cantora natural do Cabo Verde, África, nascida em Pedra do Badejo, na Ilha de Santiago.

 

Albuns:

 

·         Ora doci, Ora Margos (dezembro 2014 - lançado pela Harmonia em Cabo-Verde) 

·         Ora doci, Ora Margos (maio de 2015 - lançado pela Lusafrica no resto do mundo)

·         Kebrada (outubro 2017 - lançado pela Lusafrica)


domingo, 1 de novembro de 2020

Fantaisie-Impromptu, de Chopin



Fantaisie-Impromptu de Frédéric Chopin em dó sustenido menor, Opus póstumo 66, é uma composição para piano solo e uma de suas peças mais conhecidas. Foi composta em 1834 e dedicada a Julian Fontana, que a publicou, apesar de Chopin ter lhe pedido para não fazê-lo. [https://pt.wikipedia.org/]

No piano, Arthur Rubinstein.

Vídeo do canal ClassicalScores

sexta-feira, 30 de outubro de 2020

RELÂMPAGO









Rompe-se a escuridão quando ao olhar
para uma face o mundo se ilumina
com uma claridade repentina
capaz de, só por si, fazer brilhar
.
a substância tão irregular
de tudo o que se acende na retina
e através da luz se dissemina
por entre imagens vãs, até formar
.
um fluido movimento, uma paisagem
a que estes olhos quase não reagem
salvo se nesse instante o rosto for
.
transfigurado pela fantasia.
E às vezes é só isso que anuncia
aquilo a que chamamos o amor.



│FERNANDO PINTO DO AMARAL (Relógio D'Água, 1997)
│Ilustração de © Sonja Wimmer

quinta-feira, 29 de outubro de 2020

VARIA HISTÓRIA, uma revista




ex-voto, 1770/Museu Regional de São João del Rei https://www.facebook.com/variahistoria/




Como dito na abertura de seu website:

Varia Historia é uma publicação da Pós-Graduação em História, Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal de Minas Gerais, versão impressa ISSN 0104-8775, versão on line ISSN
1982-4343.

A seguir, um post de sua página (Facebook) com um link para um texto que se encontra na plataforma Scielo:

Relembre hoje o artigo “Os pretos devotos do Rosário no espaço público da paróquia, Vila Rica, nas Minas Gerais”, publicado em 2016 (vol. 32, no. 59) na Revista Varia Historia e escrito por Francisco Eduardo de Andrade, professor da Universidade Federal de Ouro Preto.

No artigo, Andrade analisa o significado do espaço público para a representação social negra a partir da “dimensão pessoal da devoção”, das “situações aflitivas do cotidiano” e da “corporação coletiva de classificação dos pretos da irmandade de Nossa Senhora do Rosário” enquanto aborda a “a espacialização das devoções negras e escravas, no enquadramento territorial das paróquias fronteiriças do termo de Vila Rica”.  Este artigo é de acesso aberto, assim como todo o conteúdo de Varia Historia, e pode ser acessado em https://bit.ly/3ivaFip

quarta-feira, 28 de outubro de 2020

voto de pobreza - a mala.



Raimundo era padre, vivia em Minas.
Todos os anos vinha nos visitar.
Minha avó, sua cunhada, cozinhava doce de ameixa.
Comíamos com banana batida a garfo.
Ele me ensinou a ler e escrever cartas.
E a olhar as estrelas depois do jantar.
Era o único em que ele e o irmão, meu avô, coincidiam.
Os dois olhavam estrelas após a janta.
Todos os anos Raimundo trazia uma velha mala.
Voltava sempre com uma nova, presente familiar.
No outro ano regressava com uma mala ainda mais velha.
Raimundo morreu atropelado.
E até hoje espero religiosamente suas cartas.



│Poema de Nuno Gonçalves.
│Do blog Insensata Nau: http://insensatanau.blogspot.com/

SORTILEXIO DE TORQUES







A ti, meu amigo
que así é como te percibo.
A ti, que me pretendes
con versos bensentidos,
con rosas de namorar,
con sortilexio de torques
e viaxe de agarimo.
A ti, meu amigo,
que non me faltes, solo pido.
Que este NON que eu pronuncio
non te manque.
Que de meu lado non te afaste.
Que sexa perenne teu latido
nunca lonxe do meu camino.
A ti, benquerido,
druída,
poeta,
branco e tinto,
que apareces de improviso
e pretendes un SÍ o unísono,
cando menos eu o preciso.
Non quixera dotarte de corazón malferido.
Non quixera soterrarte no carreiro do olvido.
Minas ás, xa grandes, non precisan cautivo
se non ar libre no que voar ao meu ritmo.
Amigo, preciso.
Amante, lonxe e esquivo.
 

│PEPA ÁLVAREZ GÓMEZ , in POETAS DO REENCONTRO, Colleta de Poesía Galaico-Lusa 2019 (Punto Rojo, 2019)
│Fotografia: Looking Outside, de Kinga Cichewicz