sexta-feira, 25 de agosto de 2017

SOMBRAS E SOBRIEDADE




Eu sombreei aquele dia
E eram contornos cinzentos
Numa moldura, eu diria, vazia.
Se estas linhas não têm sentido
Digo-lhes que não me isento.

Porque se os contornos são cinzentos,
Eu também reitero: eles são frios.
E a frialdade de cada ser é enigma intangível
E só a entende ele próprio.

Naquele dia sombrio,
No entanto, fiquei um pouco sóbrio.
Não foi ópio, mas não tolheu euforias
Ao relento, vislumbrei um sorriso.

Como se no vento pairasse
E a mim chegasse,
Sombreei de amarelo-vida
Meus sóis de felicidade.


│Autor: Magno Catão – Livro “Convalescente”;  Sarau das Letras, 2017│

terça-feira, 22 de agosto de 2017

MUTIRÃO 3ª EDIÇÃO

MUTIRÃO 3 – ANTOLOGIA ORGANIZADA POR ALVES DE AQUINO, O POETA DE MEIA TIGELA.



Para conhecer as outras duas, visite os seguintes links:

Mutirão 1 – https://issuu.com/opoetademeia-tigela/docs/mutirao

Mutirão 2 - https://issuu.com/opoetademeia-tigela/docs/mutir__o_2._poeta_dmt

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segunda-feira, 21 de agosto de 2017

O TREM

JORNAL O TREM ITABIRANO

Itabira-MG – Julho de 2017

jornalotremitabirano10@gmail.com

LINK "AQUI"_

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sexta-feira, 7 de julho de 2017

O VENTO SOBRE AS ÁGUAS



Guardo as palavras, assim desejo.
O que falo é repertório econômico.

Observando tudo que não fala na minha língua,
descubro os obscuros idiomas da vida.
Por exemplo, o intervalo de uma hora específica,
seu correr leve, as coisas engendradadas,
tudo que meu coração disto captura.
Quando o vento passa sobre as águas,
escuto as palavras que não sei dizer.


│Poema da Série “Palavra” – Autor: Webston Moura│

CAVALO

Eu te amo.
Meu corpo sobe à palavra e transborda.
Mas, meu corpo é matéria, quer transgressão.
E transgressão é uma palavra-cavalo.
Eu te amo, então, com todos os cavalos.
As palavras, pois, quando te amo,
diluem-se em arfares, gemidos e relinchos.


│Poema da Série “Palavra” – Autor: Webston Moura│

TEUS NOMES



Perdi-te, palavra, nome de mulher,
que as cartas rasguei.
Dei de perder-te, por necessitar.
Quebrei os discos do Roberto Carlos
e chorei o que pude num último choro.

Deixaste-me, ainda,
um dicionário de arcanas pronúncias,
palavras as quais não sei desmontar,
tampouco dar uso.


│Poema da Série “Palavra” – Autor: Webston Moura│

quinta-feira, 6 de julho de 2017

VIDAS DESAMARRADAS



Tânia Du Bois é cronista. Como tal, aparenta ser capaz de falar sobre qualquer assunto, tal é a facilidade de compreensão e de comunicação que se pode observar em seus textos. Todos podemos ver isso em “Amantes nas Entrelinhas”, "Exercício das Vozes”, “Autópsia do Invisível”, "Arte em Movimento", "Comércio de Ilusões", “O Eco dos Objetos” e, agora, neste “Vidas Desamarradas” (Projeto Passo Fundo, 2017). Leitora e observadora sagaz, segue o que não seria uma fórmula, mas um caminho, o de investigar, gentil, inteligente e honestamente, as escritas de outros, para então, apreciando-as, dizer suas (dela) impressões que, inevitavelmente, situam-se na interface literatura (ficção)-vida real. Tânia escreve bem e, ao que parece, em favor do que em nós clama por luz e entendimento.

SERVIÇO:
Vidas Desamarradas (Crônicas)
Tânia Du Bois
Projeto Passo Fundo [Link: http://www.projetopassofundo.com.br/]